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BB: Guedes diz não conhecer Brandão, mas confia em indicação de Campos

O ministro da Economia, Paulo Guedes - ADRIANO MACHADO
O ministro da Economia, Paulo Guedes Imagem: ADRIANO MACHADO

Do UOL, em São Paulo

06/08/2020 00h51

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a indicação de André Brandão à presidência do Banco do Brasil partiu do presidente do Banco Central, Roberto Campos. Embora tenha dito "não conhecer" Brandão pessoalmente, Guedes declarou confiar na recomendação.

"A indicação veio do presidente do Banco Central, Roberto Campos", contou o ministro em entrevista à TV Record, veiculada na noite de hoje. Guedes disse ter pedido por "um jovem técnico, que não se mete com política, trabalhador, focado". O perfil, segundo ele, deveria ser de alguém experiente: "Alguém que vai ter prejuízos pessoais para ajudar o Brasil. É uma doação de tempo, de vontade, de energia para ajudar o nosso país".

No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que conversaria com Guedes a respeito de Brandão, que já presidiu o HSBC Brasil e atualmente é chefe global da instituição para as Américas. O ministro disse ter ouvido o presidente perguntar se não o conhecia e alegou ter respondido: "Não, não conheço, mas confio na indicação do Campos. Ele sabe exatamente o que estou procurando".

"As pessoas precisam entender o seguinte: ele [Brandão] era presidente de um grande banco internacional nas Américas. O contrato de uma pessoa assim, não é de um dia para o outro que não se desfaz, precisa de algum tempo, precisa arrumar um substituto, por isso a coisa demora um pouco. Ele já foi convidado, já aceitou, o presidente já deu seu ok, disse para irmos em frente", afirmou Guedes.

O ministro disse que após um primeiro contato com Brandão por telefone, feito por intermédio de Campos, o executivo pediu um prazo de duas semanas para desfazer seu contrato com o HSBC. Atualmente, Brandão vive em Nova York.

"Na segunda-feira, o banco disse ok, acertamos as cláusulas de saída, e ele está liberado só daqui uns 30, 40 dias", concluiu Guedes.