Maia diz que vai trabalhar para aprovar prorrogação do auxílio emergencial
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai trabalhar para aprovar a prorrogação do auxílio emergencial anunciado hoje pelo governo. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e líderes do centrão anunciaram o pagamento de mais quatro parcelas de R$ 300, metade do valor pago atualmente, de R$ 600.
"Se é o valor que o governo considera possível, então vamos trabalhar para aprovar", disse Maia ao UOL. Mais tarde, em coletiva, o presidente da Câmara reforçou a importância do auxílio emergencial e disse que a Câmara vai avaliar a proposta do governo.
A prorrogação do auxílio será feita por Medida Provisória — que, segundo Maia, não precisa ser votada com a mesma urgência dos projetos de lei, uma vez que já tem eficácia imediata. Ele defendeu que a Câmara analise o tema com calma antes de colocá-lo em votação no "momento adequado".
Antes de fazer o anúncio à imprensa, Bolsonaro conversou com Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) sobre o assunto. O chefe do Executivo também prometeu enviar a reforma administrativa quinta-feira (3) ao Congresso.
O presidente Bolsonaro fez o anúncio menos de uma hora após a divulgação de queda de 9,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre. Ele não comentou o desempenho da economia e não respondeu questionamentos de jornalistas.
No anúncio de prorrogação, Bolsonaro se cercou de seus líderes do governo no Congresso e, em especial, de líderes do centrão — grupo informal de partidos que tem formado a base do governo no Parlamento em troca de cargos na administração pública. Por exemplo, o líder do centrão na Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e o líder do PP no Senado, senador Ciro Nogueira (PI).
Eles não chegaram a discursar no anúncio da prorrogação do auxílio emergencial, mas estiveram na reunião no Palácio da Alvorada e se posicionaram ao lado de Bolsonaro. O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), fez questão de ressaltar a organização dos parlamentares da nova base aliada com o auxílio do ministro da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, general Eduardo Ramos.
Gomes classificou a prorrogação do auxílio como uma "vitória da articulação política pelo bem do Brasil".
Em meio ao convite para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, explique fala de "crime contra o país", considerada ofensiva à maioria dos senadores após a Casa rejeitar um veto presidencial, Bezerra defendeu haver uma "sintonia muito boa entre Executivo e Legislativo" para a agenda de reformas.
A decisão de Bolsonaro para prorrogar o auxílio é feita por meio de uma medida provisória e passa a valer assim que publicada. Mas o texto também precisa ser analisado pela Câmara e Senado para ser mantido ou derrubado.
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