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Brasil não está quebrado, mas situação fiscal é delicada, diz secretário

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia no Palácio do Planalto (22/10/2020) - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia no Palácio do Planalto (22/10/2020) Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

05/01/2021 20h48

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, afirmou nesta terça que o Brasil não está quebrado, como disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em conversa com apoiadores. Sachsida ressaltou, entretanto, que a situação fiscal é delicada. A declaração foi dada durante entrevista à CNN.

"[O Brasil não está quebrado] de maneira alguma, de jeito nenhum. O presidente Bolsonaro apenas usou um jargão popular para expressar uma situação. No momento não é possível dar novos benefícios tributários", defendeu Sachsida. "O que o presidente falou é algo de amplo conhecimento de todos: a situação fiscal do país é delicada".

Durante a manhã, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que não conseguiu ampliar a isenção do Imposto de Renda, uma promessa de campanha, por causa da pandemia do novo coronavírus, que atrapalhou os planos econômicos do governo.

"Chefe, o Brasil está quebrado, não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de renda? (mas) teve nesse ano (2020) esse vírus potencializado pela mídia que nós temos", afirmou Bolsonaro a um apoiador.

Para Sachsida, a fala do presidente mostra um "compromisso com a estabilidade macroeconômica".

"O que o presidente deu foi uma tremenda declaração em defesa da consolidação fiscal. Pessoalmente, acho que esse tipo de declaração mostra para todo o mercado que o presidente está comprometido não apenas com uma agenda de reformas, mas com a agenda de consolidação fiscal".

Até o final de dezembro, o governo gastou R$ 509,1 bilhões em ações e investimentos relacionados ao combate à pandemia do novo coronavírus. A maior despesa foi com o pagamento de cinco meses do auxílio emergencial de R$ 600, que corresponde a R$ 230,7 bilhões.

Se somado ao auxílio residual, de R$ 300, reservado aos quatro últimos meses do ano, foram mais R$ 63 bilhões.

(Com Agência Senado)