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Prorrogar auxílio pioraria situação dos mais pobres, diz secretário

6.nov.2017 - O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida - André Dusek/Estadão Conteúdo
6.nov.2017 - O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida Imagem: André Dusek/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

05/01/2021 21h26

A prorrogação do auxílio emergencial poderia piorar a situação dos mais pobres, afirmou o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, hoje em entrevista à CNN. Em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou o fim do pagamento do auxílio e a desistência do programa Renda Brasil, para distribuição de renda.

"Se o governo continuasse gastando com o auxílio emergencial a dívida pública ia aumentar muito no final do dia. Os juros iam ter que aumentar e a situação dos mais pobres iria piorar ao invés de melhorar", defendeu Sachsida. "Temos que prestar atenção no lado fiscal. Garantindo o lado fiscal, o investimento privado volta e volta o emprego".

Segundo Sachsida, a consolidação fiscal é defender a população mais pobre "que sofre com a inflação e o desemprego".

"Muitas pessoas criticam a equipe econômica [do governo Bolsonaro], mas o auxílio emergencial não dava para continuar. Ia nos colocar numa situação fiscal muito complicada".

O auxílio emergencial foi a única renda de 36% das famílias brasileiras que receberam pelo menos uma parcela do benefício em 2020, segundo pesquisa Datafolha realizada de 8 a 10 de dezembro.

O Brasil conseguiu diminuir os níveis de pobreza com o auxílio emergencial durante a pandemia da covid-19, mas sem os esforços governamentais de assistência à renda, 15 milhões de brasileiros serão jogados de volta a essa condição em janeiro, alertou Marcelo Neri, diretor do FGV Social e fundador do Centro de Políticas Sociais (FGV Social/CPS).