PIB: Ações de proteção à economia evitaram queda superior a 9%, diz governo
Em nota informativa sobre o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020, o Ministério da Economia disse que houve "pronta reação da economia brasileira" às medidas do governo para conter a crise gerada pela pandemia de covid-19, o que possibilitou uma queda menos aguda do indicador.
"Houve reversão das estimativas de mercado e de organismos internacionais ao longo do ano, que indicavam retração ainda mais aguda - algumas estimativas de queda do PIB superavam 9%", disse a pasta sobre queda de 4,1% da economia, maior recuo anual da série iniciada em 1996.
"As projeções para o PIB vieram sendo ajustadas a partir da pronta reação da economia brasileira às medidas de política econômica de combate aos efeitos da pandemia", continuou o ministério.
A queda do indicador em 2020, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), interrompeu o crescimento de três anos seguidos do PIB, de 2017 a 2019, quando acumulou alta de 4,6%.
Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, totalizou R$ 7,4 trilhões no ano passado. O PIB per capita (por habitante) alcançou R$ 35.172 em 2020, recuo recorde de 4,8% em relação a 2019.
No quarto trimestre, o PIB brasileiro apresentou alta de 3,2% na comparação com o trimestre anterior, mas registrou queda de 1,1% em relação ao mesmo período de 2019.
O resultado do último trimestre de 2020 foi destacado pelo ministério como uma confirmação de que a economia tem feito uma recuperação "na forma de 'V', revertendo o pior resultado histórico observado no segundo trimestre de 2020 e fazendo a economia se aproximar ao patamar anterior à pandemia".
Projeção
De acordo com o último boletim Focus, divulgado pelo BC (Banco Central) na última segunda-feira (1º), o mercado financeiro tem a expectativa de que o PIB brasileiro tenha crescimento de 3,29% em 2021.
A projeção está em linha com a do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou ontem, em entrevista à rádio Jovem Pan, que prevê que a economia do país avance entre 3% e 3,5% em 2021.
A última previsão de Guedes é mais moderada do que a dada em declarações anteriores. No final de janeiro, ao lado de investidores, o ministro disse que a economia poderia crescer até 5% neste ano se o Executivo e o Legislativo parassem de "jogar pedra um no outro".
Na nota informativa sobre o resultado do PIB, o Ministério da Economia disse que, para reverter a queda da economia, se faz necessária "a
aprovação das reformas estruturais e das medidas que viabilizem a consolidação fiscal".
"A manutenção da política monetária em terreno acomodatício, a expansão da vacinação, a consolidação fiscal e a continuidade das reformas estruturais possibilitarão a elevação da confiança e maior vigor da atividade ao longo do ano", prosseguiu.
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