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Sindicatos pedem ação nacional contra covid e auxílio emergencial de R$ 600

Sindicatos pedem pela ampliação de restrições e ação nacional para conter o avanço da covid-19 no país - MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO
Sindicatos pedem pela ampliação de restrições e ação nacional para conter o avanço da covid-19 no país Imagem: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

24/03/2021 12h02Atualizada em 24/03/2021 17h47

As centrais sindicais pediram nesta quarta-feira (24) que haja vacina para todos, aliada a uma ação nacional para combater o avanço da covid-19 no Brasil e que o valor do auxílio emergencial seja fixado em R$ 600 para gerar proteção econômica aos trabalhadores.

Em uma live transmitida nas redes sociais, os sindicatos classificaram a gestão da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como 'negacionista' e mencionaram a marca de 300 mil mortos pela doença. O evento virtual contou com a participação da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que falou sobre os esforços que os gestores estaduais têm feito diante da pandemia.

"Os governadores, gestores em geral, tem lutado muito, afinal de contas, estamos diante de uma crise sanitária sem precedentes e temos a desgraça de termos uma conjuntura nacional como essa, com um presidente negacionista. O que torna a situação do nosso país mais dramática e a segunda onda [da covid] veio mais violenta por conta da mutação", explicou a governadora.

Fátima Bezerra disse ainda que diante do avanço da covid-19 em função da variante brasileira, a única alternativa possível para combater a pandemia é a ampliação de restrições. A governadora disse que foi o Fórum dos Governadores do Nordeste que levantou a ideia de estabelecer uma renda básica e que o auxílio emergencial não pode ser 'desidratado' pelo governo federal diante de uma crise sanitária.

"Nós não conseguimos acompanhar a velocidade da transmissibilidade. Daí a necessidade de medidas mais restritivas de distanciamento social. Não tem sido fácil: de um lado a gente tem que conter a circulação de pessoas, mas ao mesmo tempo essas pessoas precisam comer, tomar café, almoçar, jantar, e nós estamos em um país com 14 milhões de desempregados, em um país onde, infelizmente, a voz do mercado é a voz que impera em detrimento da voz das populações sofridas dos trabalhadores e trabalhadoras".

Segundo a governadora do Rio Grande do Norte, os governadores do brasil lançaram uma carta destinada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e ao Senado para garantir a segurança de renda da população para serem adotadas na pandemia. A gestora, no entanto, não deixou claro sobre quando o documento será enviado ao Congresso e quais governadores assinaram o documento.

'Calendário de lutas' com foco no 1º de maio

O representante da Força Sindical, Miguel Torres também fez críticas à redução do valor do auxílio emergencial e defendeu o lockdown de 21 dias, aliado às políticas públicas capazes de manter a renda de profissionais que atuam em diversas categorias.

"Não adianta ter distanciamento, lockdown se não tivermos o mínimo possível para as pessoas viverem. O auxílio é fundamental nesse momento e não pode ser de R$ 150 a R$ 200 reais. Tem que ser no mínimo de R$ 600. Se não tivermos isso, não conseguimos passar por isso. Os hospitais estão lotados, não tem insumos", declarou Miguel Torres, representante da Força Sindical.

O colapso do sistema de saúde no país tem sido acentuado devido ao aumento de casos da covid-19 e da falta de insumos e de recursos humanos para gerir os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). De acordo com o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, a situação do país é mais grave que a do mês de março de 2020 devido à 'irresponsabilidade e comportamento genocida de Bolsonaro'.

"Esse 1º de maio não pode ser qualquer, dada a situação do Brasil. Tem que ser da solidariedade, da luta pela vacina, pelo auxílio, que envolva a sociedade e faça refletir sobre a necessidade de mudança do país que está no rumo errado, de defesa da democracia, do desenvolvimento, do respeito. Tem que ser um marco", disse Sérgio Nobre.

As centrais sindicais haviam anunciado um 'calendário de lutas' para protestar contra 'o caos na Saúde e o descaso do governo federal diante da doença' e convocam trabalhadores do Brasil a fazer um lockdown nacional nesta quarta-feira (24).

Integram o movimento a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

'O povo não pode pagar com a vida'

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, um manifesto foi levado aos governadores pela entidade com o lema 'O povo não pode pagar com a própria vida', com o intuito de fortalecer o isolamento social em todo o país e a extensão do auxílio emergencial.

O documento foi assinado pela SBPC e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Uma outra carta aberta foi lançada pela Frente pela Vida de Saúde municipal e estadual, propondo um lockdown pelos próximos dias no Brasil para diminuir o contágio pela covid-19, destacando a importância de um plano federal de combate à doença.

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