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Equipes do Canal de Suez esperam maré alta para desencalharem navio hoje

Imagem de satélite mostra navio Ever Given em meio a rebocadores e dragas enquanto segue encalhado no Canal de Suez - Satellite image ©2021 Maxar Technologies/AFP
Imagem de satélite mostra navio Ever Given em meio a rebocadores e dragas enquanto segue encalhado no Canal de Suez Imagem: Satellite image ©2021 Maxar Technologies/AFP

Do UOL, em São Paulo*

28/03/2021 16h03

A expectativa no Canal de Suez é de que a maré alta prevista para hoje à tarde ajude a desencalhar o cargueiro Ever Given, que impede a passagem de embarcações pela via marítima desde terça-feira (23). As equipes de resgate mantêm rebocadores e dragas a postos para tentar fazer com que o navio de 400 metros de comprimento e quase 60 metros de altura volte a navegar.

O cargueiro, que pertence à empresa Evergreen, permanece encalhado na diagonal no Canal de Suez, uma via navegável de 300 metros de largura. A embarcação se encontra na parte sul da via, que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo e por onde passa mais de 10% do comércio marítimo internacional.

O almirante Osama Rabie, presidente da SCA (Autoridade do Canal de Suez), mantida pelo governo do Egito, disse que pelo menos 369 embarcações aguardam para passar pelo canal. Além de navios porta-contêineres como o Ever Given, também há petroleiros, graneleiros e navios que transportam GNL (Gás Natural Liquefeito) e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).

Ontem, em entrevista a um canal de televisão egípcio, Rabie disse que o navio chegou a se deslocar 30 graus pela primeira vez desde o encalhamento. Apesar de considerar o movimento um bom sinal, o almirante também acrescentou que o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, já ordenou os preparativos para uma eventual remoção de parte da carga da embarcação.

A tentativa de resgate com a maré alta esperada para hoje será o último recurso antes de iniciar a remoção de parte dos 18.300 contêineres transportados pelo Ever Given.

Além dos rebocadores, que tentam movimentar o navio, as dragas já conseguiram mover até agora 27 mil metros cúbicos de areia, o que aumentou a profundidade no local do encalhe em 18 metros.

Apesar de as condições meteorológicas terem contribuído para o incidente, já que haviam fortes ventos e tempestades de areia na região, o presidente da SCA admitiu uma possível falha humana como motivo do encalhe.

*Com informações de agências internacionais