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Presidente da Anac confirma leilão de Santos Dumont e Congonhas em 2022

O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, deve ser leiloado em 2022 - Bruno Santos/ Folhapress
O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, deve ser leiloado em 2022 Imagem: Bruno Santos/ Folhapress

Colaboração para o UOL

08/04/2021 09h11

Após o governo federal arrecadar R$ 3,302 bilhões com o leilão de 22 aeroportos em 12 estados brasileiros, o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Juliano Alcântara Noman, confirmou que os terminais Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em São Paulo, devem ser ofertados até o primeiro semestre de 2022.

Os terminais das duas grandes capitais brasileiras farão parte da sétima rodada de leilão. O presidente da Anac falou que o campo de aviação de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, pode entrar em venda. "Ainda estamos numa fase de trocar informações com o operador que está lá com a Infraero, a Inframérica", contou para O Globo.

Viracopos, no Estado de São Paulo, também está em fase inicial de conversa. "A tendência é seguir essa ordem", disse Noman. O desejo da Anac é leiloar esses pontos no ano que vem, apesar de 2022 ser época de eleições. Com a redistribuição dos terminais, a iniciativa privada passa a comandá-los por 30 anos.

Para Noman, o leilão efetuado ontem mostra que a Anac está no caminho certo para se recuperar da crise provocada pelo coronavírus em vários setores, incluindo aviação e turismo. "Não ficamos parados. Criamos um ambiente de negócios mais simples e tentamos reduzir o preço dos combustíveis com a ANP", explicou.

O presidente da agência tem grandes expectativas para o país quando a pandemia acabar. "O Brasil está preparado para ser melhor no pós-crise", falou. Novos entrantes no leilão também movimentaram positivamente os planos da Anac. "A gente vê isso com bons olhos. Não tem no mundo um país com a quantidade e a diversidade de operadores que nós temos", disse.

Ainda sobre o alto valor arrecadado no repasse de ontem, Noman afirmou não ter tido erro de precificação, já que o modelo deles permite ao governo estabelecer um lance mínimo. "Mas os valores pagos têm uma parte diluída ao longo do contrato por meio de uma outorga variável que vai ser paga todo ano a partir do quinto ano, e sobe até o nono ano, quando se estabiliza", completou.

Para a Anac, esse plano incentiva que empresas privadas ajam com lances agressivos e rende benefícios ao governo. "É um ganha-ganha. É um modelo sofisticado, não erramos", falou o presidente.