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Desligamento por morte do empregado sobe 128% na área da educação em 2021

Professores estão entre os profissionais que mais tiveram contrato extinto por morte no setor de educação - Luís Adorno/UOL
Professores estão entre os profissionais que mais tiveram contrato extinto por morte no setor de educação Imagem: Luís Adorno/UOL

Do UOL, em São Paulo

29/06/2021 12h57Atualizada em 29/06/2021 14h42

O número de contratos de trabalho extintos em razão de morte do profissional na área da educação cresceu 128% nos primeiros quatro meses de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado hoje pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Ao todo, segundo o Dieese, foram 1.479 desligamentos por morte na área de educação entre janeiro e abril de 2021, contra 650 no mesmo período do ano passado. O setor respondeu por 4,2% dos desligamentos por esse motivo no país.

Entre março e abril deste ano, o país passou pelo pior momento da pandemia do coronavírus, e o número de mortes diárias por covid-19 superou a marca dos 4.000. Além disso, Manaus enfrentou o colapso do sistema de saúde em janeiro, com falta de oxigênio e leitos nos hospitais.

Professores estão entre mais afetados

Entre as diferentes ocupações, os profissionais do ensino (professores e coordenadores, entre outros) foram os que mais tiveram vínculos encerrados por morte: 612, em 2021.

Os trabalhadores dos serviços (faxineiros, porteiros, zeladores e cozinheiros) formaram o segundo subgrupo mais afetado, com 263 desligamentos por morte.

Na análise por estados, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso tiveram os maiores crescimentos no número de desligamentos por morte em 2021, na comparação com o mesmo período de 2020. Esses três estados também apresentaram as maiores taxas de mortalidade por covid-19 até junho deste ano.

Em Rondônia, o aumento nos desligamentos por morte foi de 1.600% —foram 17 contratos extintos entre janeiro e abril contra apenas um no mesmo período do ano passado. No Amazonas, a alta foi de 925% (41 desligamentos), e o Mato Grosso registrou crescimento de 525% (25 contratos encerrados).