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Ex-secretário de Guedes critica reforma: 'a deforma tributária é um erro'

Paulo Uebel foi membro da pasta de Paulo Guedes até agosto de 2020 - Danilo Verpa/Folhapress
Paulo Uebel foi membro da pasta de Paulo Guedes até agosto de 2020 Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Colaboração para o UOL

07/07/2021 12h38

Bandeira de Jair Bolsonaro (sem partido) desde a época de pré-candidato a presidente do Brasil, a reforma tributária tem causado divergências, inclusive, entre atuais membros e ex-participantes do governo federal.

O ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia Paulo Uebel disse que a proposta, que teve a segunda parte encaminhada para avaliação na Câmara dos Deputados, é um erro. Uebel atuou na pasta de Paulo Guedes até agosto de 2020.

"A Deforma Tributária do Ministério da Economia é um erro. Não fortalece o cidadão, não limita os Poderes arbitrários da Receita, não simplifica o sistema tributário e não aponta uma redução global da carga tributária no médio e longo prazos. Melhor refazer!", escreveu no Twitter.

A mensagem de Uebel foi uma resposta a um comentário de Carlos Alexandre da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade. Na rede social, Costa alegou que o problema de impostos no Brasil "não é sobre ricos VS pobres, e sim sobre tributação excessiva sobre quem produz VS burocracia proibitiva que leva muitos brasileiros à informalidade".

Na última semana, a segunda "fatia" da proposta da reforma tributária foi encaminhada para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Essa porção foca em reformular o atual sistema do Imposto de Renda. Uma das soluções seria, por exemplo, aumentar a faixa de isenção do IR para pessoas físicas e estipular a taxação de lucros e dividendos de empresas.

No entanto, especialistas de economia acreditam que seriam mais afetadas as companhias de médio e grande porte. Cálculos do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) preveem que as mudanças propostas na reforma elevariam o imposto dessas empresas em cerca de 71,5%.