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Supermercados, farmácias e Ceagesp dizem que não há falta de produtos em SP

9 set. 2021 - Caminhoneiros bloqueiam a BR-381 em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais - Fernando Michel/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo
9 set. 2021 - Caminhoneiros bloqueiam a BR-381 em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais Imagem: Fernando Michel/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/09/2021 14h24

Resumo da notícia

  • Bloqueios de rodovias por caminhoneiros interrompeu transporte de mercadorias
  • Associações de supermercados e de farmácias dizem que abastecimento está normal na região metropolitana de SP
  • Na Ceagesp, maior entreposto de alimentos do país, movimento caiu, mas afetado por feriado

O bloqueio de rodovias por caminhoneiros bolsonaristas não afetou o abastecimento de alimentos e medicamentos na região metropolitana de São Paulo, segundo representantes de associações de supermercados e de farmácias. Eles afirmam que os estoques e a logística estão normais na região.

A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) registrou queda na entrada de caminhões trazendo produtos, mas a redução seria provocada mais pelo próprio feriado de 7 de setembro do que pelos bloqueios. Maior entreposto de abastecimento de produtos hortícolas do país, a Ceagesp é empresa uma pública federal, vinculada ao Ministério da Economia.

Segundo o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), a situação do transporte de medicamentos em todo o país é de normalidade, de acordo com as informações fornecidas ao sindicato pelos principais transportadores e operadores logísticos de medicamentos.

"Os relatos são de que os caminhões com carga de produtos farmacêuticos transitam sem problemas em rodovias federais de vários estados", disse a entidade, em nota enviada ao UOL.

"As lojas estão abastecidas, e não temos nenhum sinal de desabastecimento", disse o vice-presidente institucional e administrativo da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Marcio Milan.

Em nota, a Abras reforçou que o abastecimento e os preços dos supermercados não devem ser afetados e que "não existe necessidade de antecipação de compras por parte do consumidor".

Ainda no setor de supermercados, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) informou que atividade está funcionando normalmente no estado de São Paulo. A entidade destacou que os supermercados associados realizaram contramedidas preventivas, como antecipação da reposição de mercadorias, como frutas, legumes e verduras, para que a oferta de produtos seja mantida de forma segura e sem interrupção.

Ceagesp diz que motoristas usam rotas alternativas

A Ceagesp informou que houve queda de aproximadamente 30% no número de veículos que deram entrada no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), na Vila Leopoldina, entre o início da madrugada e a manhã desta quinta-feira (9), mas não informou se essa redução é atípica ou se é um movimento que também acontece nos outros dias. A companhia destacou que, apesar da queda no número de veículos, não há desabastecimento.

"Vale destacar, porém, que se trata de uma semana atípica devido ao feriado de 7 de Setembro, quando já é esperado um menor movimento no mercado. Há de se considerar também que quintas-feiras são comumente dias de menor movimento se comparados às segundas, quartas e sextas-feiras", disse a Ceagesp em nota.

Segundo a Seção de Gestão de Portarias (Segop), da Ceagesp, há relatos de caminhoneiros que conseguiram chegar graças a rotas alternativas.

De acordo com o diretor-presidente da Ceagesp, coronel Mello Araujo, os impactos negativos de uma eventual greve seriam sentidos imediatamente pelo mercado. Produtos como verduras e hortaliças, que chegam frescos diariamente ao entreposto da capital paulista, seriam os primeiros afetados. Os reflexos da falta geral de produtos seriam prejuízos e aumento nos preços.

A Ceagesp disse que continuará monitorando a movimentação ao longo do dia.