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Evergrande: Quem é Hui Ka Yan, dono da empresa que ameaça dar 'calote'

Hui Ka Yan, CEO da Evergrande - Xiaomei Chen/South China Morning Post via Getty Images
Hui Ka Yan, CEO da Evergrande Imagem: Xiaomei Chen/South China Morning Post via Getty Images

Colaboração para o UOL

22/09/2021 12h07

Hui Ka Yan, de 62 anos, é dono de uma fortuna avaliada em US$ 10,7 bilhões, segundo a Forbes. De origem humilde, o chinês cresceu sem a mãe, que morreu quando ele era bebê, e o pai atuou como soldado na Segunda Guerra Sino-Japonesa nos anos 1930 e 1940. Ka Yan, então, foi criado pela avó e alcançou grandes alturas com a fundação da Evergrande.

A matriarca da pequena família vendia vinagre e, em 2018, o agora bilionário disse que não tinha muita perspectiva de vida, "entende bem a pobreza" e comia batata doce com pão cozido no vapor quase todos os dias.

Quando terminou a escola, Ka Yan trabalhou por pouco tempo em uma fábrica de cimento e, em 1978, ingressou na Universidade de Ciência e Tecnologia de Wuhan. Depois, conseguiu um emprego em uma siderúrgica, onde foi chefe de departamento e subiu para diretor da estatal, cargo que ocupou por sete anos.

Ao sair dessa vaga, ele começou a aprender mais sobre mercado imobiliário e, em 1996, fundou o Grupo Evergrande e passou a atuar como presidente do conselho. No começo, o empresário vendia apartamentos pequenos. Em 2016, com a gigante já fazendo sucesso, ele expandiu a área de atuação para o futebol e formou o time Guangzhou Evergrande.

Nessa época, a central do grupo foi movida para Shenzhen, na província de Guangdong, onde Ka Yan mora hoje com a esposa e os filhos. Em 2018, a Evegrande foi eleita a imobiliária mais valiosa do mundo. Atualmente, Ka Yan aparece no número 53 entre os maiores bilionários mundiais, segundo a Forbes. Em 2020, ele era o décimo mais rico da China.

A Evergande, no entanto, se encontrou no meio de controvérsias essa semana por analistas do mercado financeiro acreditarem que a empresa dará um "calote", já que precisa pagar até amanhã ao menos parte dos US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão). Com a incerteza do pagamento, a Bolsa de Valores começou a oscilar e afetou, inclusive, o Brasil.