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Tanqueiros suspendem greve em MG e abastecimento deve ser normalizado

Com suspensão da greve, reabastecimento deve ser normalizado em 24h - Divulgação/Sinditanque-MG
Com suspensão da greve, reabastecimento deve ser normalizado em 24h Imagem: Divulgação/Sinditanque-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

22/10/2021 15h51

A paralisação dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo em Minas Gerais chega ao fim hoje, um pouco mais de um dia após começar. A decisão veio após um acordo com as distribuidoras, segundo o sindicato da categoria.

"Após a sensibilidade das distribuidoras junto às transportadoras de combustíveis e derivados de petróleo do estado de Minas Gerais, resolvemos suspender a paralisação. Mas ainda aguardamos uma posição do governo do Estado", disse o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.

Apesar da decisão, ele não deu detalhes sobre o acordo entre tanqueiros e distribuidoras.

A paralisação causou a falta de combustível em alguns postos de gasolina de Minas Gerais. Em Belo Horizonte e na região metropolitana, foram registradas filas.

Mas, com a suspensão da greve, a expectativa é de que o fornecimento seja normalizado em até 24h. O Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais) disse que os caminhões "já começam a ser abastecidos normalmente".

Paralisação em Minas Gerais

Parados desde a madrugada de ontem, a greve atingiu 100% dos tanqueiros no estado. Cerca de 800 caminhões ficaram parados na região metropolitana de Belo Horizonte, sem nenhuma interdição de rodovias ou estacionamentos.

Os caminhoneiros protestam contra os altos custos dos combustíveis praticados pela Petrobras e contra o valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis em Minas Gerais.

O governo do estado de Minas Gerais, por sua vez, diz que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis "não se devem ao ICMS cobrado pelos estados" e, sim, à política de preços adotada pela Petrobras. A Secretaria de Estado de Fazenda também ressaltou a posição contrária ao projeto aprovado pela Câmara, que estabelece um valor fixo para o imposto dos combustíveis em todo o país. De acordo com a pasta, somente em Minas, a perda estimada é de R$ 3,6 bilhões por ano.