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Doria diz que se for eleito privatizará o Banco do Brasil e a Petrobras

Governador João Doria (PSDB) revelou alguns de seus planos caso seja eleito presidente no próximo ano - Reprodução/TV Cultura
Governador João Doria (PSDB) revelou alguns de seus planos caso seja eleito presidente no próximo ano Imagem: Reprodução/TV Cultura

Do UOL, em São Paulo

25/10/2021 09h25Atualizada em 26/10/2021 12h03

O governador de São Paulo e candidato nas prévias do PSDB para disputar a eleição de 2022, João Doria, declarou ao site Correio Braziliense que pretende privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras caso seja eleito presidente.

"Sou a favor da privatização, não para fazer do monopólio público um monopólio privado, e sim uma modelagem que permita à Petrobras ser dividida em várias empresas e ser colocada em leilão internacional na Bolsa de Valores do Brasil. É o mesmo modelo que os Estados Unidos seguiram", declarou.

Para o governador de São Paulo é necessária a criação de um fundo regulatório para equilibrar o preço dos combustíveis e gás em caso de aumentos no mercado internacional. No mês passado, o político já havia divulgado que faria a privatização da Petrobras se conseguisse virar chefe do Executivo.

"Além de uma empresa dividida, defendo a obrigatoriedade da formação de um fundo regulador. Quando houver aumento do petróleo nas cotações do mercado internacional, esse fundo regulador impedirá que o aumento se reflita imediatamente no preço do combustível ou do gás."

Doria afirmou que não pode falar "em nome do PSDB", mas a privatização do Banco do Brasil também está em sua agenda presidencial, caso vença às eleições.

Se eu vencer, o Banco do Brasil será privatizado. Tem bons profissionais e boa estrutura. Mas não há necessidade de termos dois bancos (a Caixa e o BB). Já o BNDES, não. Pode ser readequado, para que cumpra efetivamente o papel de banco de desenvolvimento econômico e social, principalmente, das micro, pequenas e médias empresas. E que ele passe a ser um regulador.
João Doria (PSDB) ao Correio Braziliense

Críticas ao governo federal

O político voltou a atacar a gestão do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. Doria afirmou que após as eleições de 2022, o "Brasil será entregue arrasado" economicamente.

"Esse é o pior governo da história da República. É um desastre completo. Veja a inflação. Aumento do óleo de cozinha, 30%; arroz, 36%; açúcar, 12%; farinha, 15%. Todos com dois dígitos. Não há novos investimentos. Qual a grande política econômica do Brasil? Não há. Não tem projeto, como não tem também para a educação. A saúde é exemplo mundial de inépcia. Vamos para a área ambiental: o Brasil hoje é um país isolado na comunidade internacional pelas suas agressões ao meio ambiente. Terra arrasada. Efetivamente, terra arrasada", disparou.

Doria ainda declarou a necessidade de ter um pacto no Brasil que junte a pauta social e liberal ao mesmo tempo.

"Educação, geração de empregos, saúde e proteção ambiental. São quatro prioridades para serem atacadas em harmonia [em 2023]. Vamos precisar ter um pacto pelo Brasil, um pacto social e liberal ao mesmo tempo. Liberal para que possamos desestatizar a economia. E fazer um pacto com outros partidos para garantir a governabilidade."