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Assim como EUA, Reino Unido anuncia que deixará de importar petróleo russo

Boris Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo. - Tolga Akmen/AFP
Boris Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo. Imagem: Tolga Akmen/AFP

Colaboração para o UOL

08/03/2022 13h59Atualizada em 08/03/2022 14h54

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou nesta terça-feira (8) que o governo vai seguir os Estados Unidos e reduzir gradativamente as importações de petróleo da Rússia até chegar a zero. A informação já havia sido adiantada pelo secretário de Energia britânico, Kwasi Kwarteng, pelas redes sociais.

A Grã-Bretanha é menos dependente das importações russas de combustíveis fósseis em comparação com grande parte da Europa continental. A Alemanha continua resistente a uma proibição total por aliados ocidentais por ser dependente da Rússia no setor.

O alto representante da UE (União Europeia) para assuntos externos, Josep Borrell, disse que a união "não pretende proibir a importação de energia russa", conforme reportado pela rede de televisão ucraniana Nexta e a emissora da Rússia NTV.

"O Reino Unido é um produtor significativo de petróleo e derivados, além de possuir reservas significativas. Além da Rússia, a grande maioria de nossas importações vem de parceiros confiáveis, como EUA, Holanda e Golfo. Trabalharemos com eles este ano para garantir mais suprimentos", declarou Kwarteng.

Segundo o jornal Financial Times, Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo.

O primeiro-ministro prometeu uma nova estratégia energética a ser publicada na próxima quinzena, enfatizando a necessidade de aumentar a produção dos campos de petróleo e gás do Mar do Norte, além de intensificar as energias renováveis

Biden anuncia suspensão da importação

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que irá suspender as importações de petróleo, gás e energia da Rússia, como sanção pela invasão da Ucrânia.

"Os Estados Unidos vão mirar na principal artéria da economia da Rússia", disse em pronunciamento. "Isso significa que o petróleo russo não será mais aceito nos portos norte-americanos, e o povo americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de [Vladimir] Putin".

A perspectiva de que os Estados Unidos, o maior consumidor mundial da commodity, vá prescindir da extração russa pelo conflito na Ucrânia elevou o preço do barril Brent acima dos US$ 130 (equivalente a cerca de R$ 662), o maior valor nominal em 14 anos (sem corrigir pela inflação).

Mais cedo, a Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Europa caso sanções econômicas sejam impostas ao setor energético, o que impulsionou os preços do barril de petróleo. Cerca de 40% do gás usado pelos europeus vem do país.

Segundo Biden, a decisão de suspender as importações foi tomada em "consulta próxima" com os países aliados na Europa.