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Reino Unido anuncia proibição de exportação de bens de luxo à Rússia

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo*

15/03/2022 08h13Atualizada em 15/03/2022 09h41

O Reino Unido anunciou nesta terça-feira que proibirá a exportação de produtos de luxo — como itens de moda e obras de arte valiosas — para a Rússia e vai impor novas tarifas sobre 900 milhões de libras (1,2 bilhão de dólares ou cerca de R$ 6,15 bilhões) de importações russas, incluindo a vodca e peles. A decisão ocorre em razão da invasão do país de Vladimir Putin na Ucrânia, que está no seu 20º dia.

"Nossas novas tarifas isolarão ainda mais a economia russa do comércio global, garantindo que ela não se beneficie do sistema internacional baseado em regras que não respeita", disse o ministro das Finanças Rishi Sunak em comunicado.

A medida, que se une às sanções prévias impostas a empresas e bilionários russos por seus vínculos com o presidente Vladimir Putin, tenta aumentar a pressão econômica sobre o regime de Moscou.

As sanções incluem o aumento de 35 pontos percentuais nas tarifas a produtos como a vodca, peles de animais e metais como prata, alumínio, cobre e aço, entre outros bens procedentes da Rússia.

As empresas britânicas não poderão exportar para a Rússia produtos de luxo como automóveis, obras de arte e peças de moda, informou o ministério do Comércio Internacional em um comunicado

"As tarifas se somam aos esforços do Reino Unido para impedir o acesso da Rússia às finanças internacionais, sancionar os comparsas de Putin e exercer pressão econômica máxima sobre seu regime", acrescentou.

UE aprova novas sanções à Rússia contra setores de energia, aço e defesa

A União Europeia aprovou formalmente hoje uma nova enxurrada de sanções contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia, que inclui vetos de investimentos no setor de energia russo, exportações de bens de luxo e importações de produtos siderúrgicos da Rússia.

As sanções, que entram em vigor após a publicação no diário oficial da UE ainda nesta terça-feira, também congelam os ativos de mais líderes empresariais que apoiam o Estado russo, incluindo o proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich.

A Comissão Europeia informou em comunicado nesta terça-feira que as sanções incluem "uma proibição abrangente de novos investimentos no setor de energia russo".

A medida atingirá as importantes petrolíferas russas Rosneft, Transneft e Gazprom Neft, mas os membros da UE ainda poderão comprar petróleo e gás delas, disse uma fonte da UE à Reuters.

Também haverá uma proibição total de transações com algumas empresas estatais russas ligadas ao complexo militar-industrial do Kremlin, disse o Executivo da UE.

O bloco chegou a um acordo preliminar sobre as novas sanções na segunda-feira, e nenhuma objeção foi levantada antes do prazo acordado.

Estima-se que o veto das importações de aço da Rússia afete 3,3 bilhões de euros (3,6 bilhões de dólares) em produtos, segundo a Comissão.

As empresas da UE também não poderão exportar bens de luxo com valor superior a 300 euros, incluindo joias. As exportações de carros que custem mais de 50.000 euros também serão proibidas, disseram fontes da UE.

O pacote também proíbe as agências de classificação de crédito da UE de emitir classificações para a Rússia e para empresas russas.

As últimas sanções seguem três rodadas de medidas punitivas que incluíram o congelamento de ativos do banco central russo e a exclusão do sistema bancário SWIFT de alguns bancos russos e bielorrussos.

*Com informações da AFP e Reuters