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Ciro Nogueira: Faltaria gasolina se a Petrobras não aumentasse o preço

25.jan.2022 - O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu permanência do general Silva e Luna no comando da Petrobras - Adriano Machado/Reuters
25.jan.2022 - O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu permanência do general Silva e Luna no comando da Petrobras Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

17/03/2022 09h11

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) defendeu a decisão da Petrobras de aumentar o preço dos combustíveis para as distribuidoras.

"A Petrobras não segura, porque não tem como. Se não fosse o aumento do combustível, em abril faltaria gasolina no Brasil. Dividimos o custo e o sacrifício com a população", declarou em entrevista ao programa "Conversa com Bial" (TV Globo) na noite de ontem, atribuindo o aumento à guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Estamos torcendo para acabar essa guerra e o barril despencar. Daqui a 30 dias, espero que esse preço recue e a gente não precise passar isso para a população".

Nogueira também se mostrou favorável à permanência do general Silva e Luna, atual presidente da Petrobras, no comando da empresa.

"A culpa não é do gestor. O Brasil, das grandes economias mundiais, é a única que não tem 100% do refino", declarou, alfinetando os governos anteriores do PT por isso. "Não culpo o Luna. Seria muito fácil trocar o presidente e reduzir o preço. Não é culpa dele. O barril dobrou de preço. Esse é o problema do país não ser autossuficiente".

Na entrevista, Nogueira também disse acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) será reeleito e que pode ganhar as eleições deste ano ainda no primeiro turno.

Diesel subiu 3,7% na semana passada

O diesel foi o combustível que mais subiu nos postos de abastecimento após os aumentos anunciados pela Petrobras no último dia 10, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A Petrobras anunciou na última quinta-feira aumento de 24,9% para o diesel; 18,7% para a gasolina; e 16% para o GLP a partir nas suas refinarias. Segundo o levantamento da ANP, o litro do combustível passou a custar, em média, R$ 5,814.

O preço mais alto encontrado no país foi em Ilhéus, na Bahia, de R$ 7,569, refletindo a privatização da refinaria de Mataripe.