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Brasil tem 3ª maior inflação do G20, atrás só da Turquia e da Argentina

A inflação medida pelo IPCA atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março - Getty Images/iStockphoto/pixelalex
A inflação medida pelo IPCA atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março Imagem: Getty Images/iStockphoto/pixelalex

Do UOL, em São Paulo

05/05/2022 10h20

Um relatório divulgado ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostra que o Brasil tem a terceira maior inflação entre os países do G20, grupo das maiores economias do mundo, atrás apenas da Turquia e Argentina.

Na prática, o G20 representa a reunião dos principais atores da economia mundial para trabalhar juntos e evitar crises, já que o comércio e as medidas tomadas por um país podem afetar os demais, devido à globalização.

Segundo a própria organização, no G20 estão 80% de todo o PIB (Produto Interno Bruto) do planeta, 75% do comércio mundial e 60% da população.

A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março no Brasil. Na Turquia, o índice é de 61,1% e na Argentina, 55,1%.

Veja abaixo a inflação acumulada em 12 meses até março nas maiores economias do mundo:

  1. Turquia: 61,1%
  2. Argentina: 55,1%
  3. Brasil: 11,3%
  4. Estados Unidos: 8,5%
  5. União Europeia: 7,8%
  6. México: 7,5%
  7. Alemanha: 7,3%
  8. Canadá: 6,7%
  9. Itália: 6,5%
  10. Reino Unido: 6,2%
  11. África do Sul: 6,1%
  12. Índia: 5,4%
  13. Austrália: 5,1%
  14. França: 4,5%
  15. Coreia do Sul: 4,1%
  16. Indonésia: 2,6%
  17. Arábia Saudita: 2%
  18. China: 1,5%
  19. Japão: 1,2%
  • G20*: 7,9%
  • G7: 7,1%
  • OCDE: 8,8%

* A Rússia foi incluída nas estimativas do G20

No conjunto de países da OCDE — são 38 no total — a inflação em 12 meses chegou a 8,8% em março, em comparação com 7,8% em fevereiro e 2,4% em março do ano passado. Segundo a organização, foi o aumento mais acentuado desde outubro de 1988.

Cerca de um quinto dos países que integram a OCDE registraram inflação de dois dígitos, com a taxa mais alta na Turquia.

A organização destacou a forte pressão dos preços de energia, cuja inflação subiu para 33,7% em 12 meses, taxa mais elevada desde maio de 1980.

No G20, a taxa ficou em 7,9%, contra 6,8% em fevereiro. Já no G7, a taxa passou de 7,1% — era 6,3% em fevereiro.