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Presidente da Anatel diz que 'não medirá esforços' por nova operadora

O presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, defendeu a necessidade de uma quarta operadora - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, defendeu a necessidade de uma quarta operadora Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

10/05/2022 17h06Atualizada em 10/05/2022 17h06

Carlos Manuel Baigorri, que assumiu a presidência da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no último dia 6, revelou hoje, em entrevista ao Estadão, que a agência "não medirá esforços" para estabelecer uma nova operadora de serviços móveis, que pode ser diferente em cada região.

Atualmente, o mercado de telecomunicações é dominado por três corporações: Vivo, Claro e TIM, especialmente após a compra da Oi Móvel por essas empresas. Logo, para "fomentar a concorrência", a Anatel está em busca de um quarto 'player' regional.

De acordo com Baigorri, na entrevista, a agência será muito rígida com ofertas de roaming (uso de rede de uma segunda operadora, mesmo sem cobertura, por um celular), de MVNO (serviço por operadora de rede móvel virtual), e compartilhamento de espectro. Esses são esforços para que essa quarta operadora se estabeleça no mercado.

"Não vamos medir esforços para garantir que o quarto player regional se estabeleça no mercado. E ele começa como um bebê, que precisa de alguma forma criar balizas para proteger. Não proteger a ponto que não faça nada, eles têm suas responsabilidades, mas o que estiver dentro do alcance da Anatel para tomar medidas que fomentem seu desenvolvimento, nós iremos tomar", afirmou.

Introdução do 5G no Brasil

O presidente da Anatel disse que o instrumento para introduzir esse quarto 'player' foi o edital do 5G, que pretende estabelecer a oferta da internet de alta velocidade em capitais brasileiras.

"Usamos o edital do 5G como instrumento para introduzir o quarto player - que não vai ser nacional, mas regional", relatou Baigorri, no entanto as novas empresas também apresentam um desafio, já que não ofertam operação celular.

"Agora nosso desafio se dá porque esse quarto operador que está entrando, como Brisanet, Unifique, Copel e Cloud2U - com exceção da Algar - não tem operação celular. Eles têm fibra óptica, então vão ter de começar do zero", afirmou o presidente.

Ainda assim, as operadoras devem começar a oferecer 5G nas capitais a partir de 31 de julho. Sobre isso, Carlos Manuel Baigorri avalia como "baixo" o risco de adiamento desse prazo em algumas capitais, devido ao uso de TVs parabólicas.