IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Kennedy Alencar: Novo ministro, Sachsida é reflexo do governo Bolsonaro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/05/2022 19h06

O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, é um reflexo do governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmou o colunista Kennedy Alencar, durante participação no UOL News, ao comentar declarações polêmicas feitas há alguns anos pelo economista.

Em vídeos publicados entre 2016 e 2017 em seu canal no YouTube que viralizaram após sua nomeação, Sachsida critica a licença-maternidade de seis meses, defende a flexibilização das leis trabalhistas e sugere que o Partido Nazista alemão, de Adolf Hitler, era de esquerda. "Machista e burro", disse Kennedy. "É alguém que não tem condição de ser ministro de Minas e Energia de um país importante como o Brasil".

Segundo o colunista, as falas de Sachsida refletem despreparo para o cargo, pois ele "não entendeu as mudanças do mercado de trabalho, o papel da mulher e o machismo estrutural do Brasil."

"É o nível do governo Bolsonaro, infelizmente é isso. O Bolsonaro é o pior presidente da história do Brasil, mistura ignorância com uma esperteza política, mas é um ignorante em relações internacionais, em economia, é racista, preconceituoso, misógino", continuou o jornalista.

"O Sachsida é um reflexo do que é o governo Bolsonaro e desse abismo que o Brasil foi colocado", concluiu.

Sachsida subiu ao cargo de ministro ontem, após o então gestor da pasta, Bento Albuquerque, ser exonerado do cargo "a pedido", após ataques de Bolsonaro à Petrobras. As mudanças já foram publicadas no DOU (Diário Oficial da União). O novo chefe do MME era parte da equipe econômica do ministro Paulo Guedes.

Em seu primeiro pronunciamento à imprensa como ministro, Sachsida disse eu primeiro esforço à frente da pasta será trabalhar pela privatização da Petrobras.

"Solicito também os estudos pendentes para as alterações legislativas necessárias para desestatização da Petrobras", anunciou hoje à noite e acrescentou que incluirá o pré-sal nos planos de venda da Petrobras.

O ministro disse que tudo presente em seu discurso foi "expressamente apoiado" e com "100% de aval" do presidente Bolsonaro.

Assista ao UOL News na íntegra: