Itália vai adiar aumento de imposto, diz vice-ministro
ROMA,23 Jun (Reuters) - A Itália vai postergar por pelo menos três meses um aumento no seu Imposto de Valor Agregado, antes programado para entrar em vigor em julho, e o objetivo do governo é cancelar completamente o aumento, disse o vice-ministro da Economia, Stefano Fassina, numa entrevista publicada neste domingo.
O planejado aumento de um ponto percentual do imposto, para 22 por cento, tornou-se motivo de tensão no governo de coalizão de Enrico Letta.
O partido de Silvio Berlusconi, de centro-direita, do qual o governo de Letta depende para ter maioria, cobrou que o aumento fosse cancelado, mas Letta tem hesitado devido ao impacto que isso pode ter nas contas públicas.
"Acho que um adiamento é inevitável", afirmou o vice-ministro Fassina ao jornal La Stampa. A previsão de Fassina é que o aumento seja adiado até outubro, quando o governo apresenta o seu orçamento anual, e então completamente cancelado.
A suspensão custaria cerca de quatro bilhões de euros por ano, perda que teria de ser financiada por outros aumentos de impostos ou cortes nos gastos, se a Itália quiser cumprir o objetivo de ter um déficit abaixo do limite da União Europeia.
Fassina, que é do mesmo partido de Letta, de centro-esquerda, declarou que o governo discute outras fontes para levantar os recursos, mas não há ainda uma solução.
No sábado, o jornal, Il Giornale, cujo dono é irmão de Berlusconi, havia dito na primeira página que o governo cairia se Letta não suspendesse o aumento.
(Reportagem de Gavin Jones)
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