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Provisão de bancos para perdas que incluem planos econômicos beira R$ 18 bi

26/11/2013 17h42

26 Nov (Reuters) - Os cinco maiores bancos brasileiros têm quase R$ 18 bilhões das chamadas provisões cíveis, que incluem reservas para cobrir possíveis correções das cadernetas de poupança por perdas com planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.

O Banco do Brasil (BBAS3) tem as maiores provisões, de R$ 5,4 bilhões, seguido pelo Bradesco (BBDC4), com R$ 3,9 bilhões, Itaú Unibanco (ITUB4), com R$ 3,8 bilhões e Santander Brasil (SANB11), com R$ 1,65 bilhão. Os dados constam nas demonstrações financeiras dos bancos, que não quiseram dar entrevista.

A Caixa Econômica Federal tem R$ 3,1 bilhões nessas provisões, segundo relatório elaborado pelo banco JPMorgan.

Os bancos não detalham quanto dessas provisões referem-se à correção das cadernetas por causa dos planos, tem que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que deve começar na quarta-feira.

As provisões cíveis excluem pleitos de indenização de ordem trabalhista e tributária.

Segundo o relatório do JPMorgan, a Caixa é o único a detalhar as reservas que possui, com R$ 832 milhões para o julgamento do STF, que começa nesta quarta-feira.

O Ministério da Fazenda estima que as perdas dos bancos com o processo podem chegar a R$ 150 bilhões. Segundo o JPMorgan, a discrepância reflete a alta complexidade do assunto e as diferentes interpretações sobre ele.

No entanto, o banco avaliou que os valores provisionados pelos bancos parecem "realistas e economicamente viáveis".

A principal afetada por uma decisão do STF favorável aos poupadores seria a Caixa Econômica Federal, que têm a maior parte das aplicações em poupança.

Segundo dados do BC, o banco estatal tinha R$ 189,7 bilhões em depósitos em poupança em junho, ou mais de 30% de todo o estoque da aplicação no país, seguida pelo Banco do Brasil, com R$ 129 bilhões, Itaú (R$ 92,3 bilhões), Bradesco (R$ 72,6 bilhões) e Santander Brasil (R$ 29,3 bilhões).