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Itaú Unibanco dobra aposta em seguros de pessoas

25/02/2014 17h42

SÃO PAULO (Reuters) - Prestes a alienar a sua carteira de grandes riscos, o Itaú Unibanco vai reforçar a atuação em seguros pessoais, num momento em que grandes bancos no país tentam diversificar suas fontes de receita diante do menor crescimento do crédito.

O objetivo do maior banco privado do país é se firmar no bancassurance, segmento que concentra vendas na rede bancária, como seguros de vida, de acidentes pessoais e residencial, que vem sofrendo maior concorrência, especialmente da BB-Mapfre.

A ofensiva, que começa na quarta-feira com uma campanha publicitária, será seguida pelo lançamento de uma loja virtual de seguros do Itaú e pela intensificação dos esforços de vendas via cartões de crédito e pelos caixas eletrônicos.

"Temos uma meta ambiciosa para seguros", disse nesta terça-feira a jornalistas o diretor da área de Seguros do Itaú Unibanco, Fernando Teles. O executivo acrescentou que vê chance de dobrar a carteira, mas sem dizer em que prazo.

Inicialmente, a meta do banco é pelo menos acompanhar o ritmo do mercado de seguros brasileiro, para o qual a previsão é de crescimento de 15 a 17 por cento em 2014, afirmou o diretor da área, Fernando Teles, nesta terça-feira.

O objetivo é elevar a fatia da área de seguros no lucro do Itaú Unibanco, hoje em 13 por cento, disse ele, sem detalhar previsões, dizendo que a instituição está atenta aos índices de seus principais concorrentes.

No Bradesco, o braço de seguros respondeu por 31 por cento do lucro no final de 2013. A BB Seguridade teve no ano passado um lucro equivalente a 15,7 por cento do lucro de seu controlador, o Banco do Brasil.

A BB Seguridade, no entanto, cresceu 22 por cento em 2013 até novembro, ante alta de 17,9 por cento do mercado no período segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), ganhando 3 pontos percentuais em fatia de mercado.

Os prêmios ganhos pelo Itaú em 2013, incluindo a fatia de 30 por cento que tem na Porto Seguro, subiram 11,1 por cento.

"Sabemos que alguns concorrentes estão mais avançados que nós, mas as oportunidades são iguais para todos", disse Teles.

O movimento acontece num momento em que o Itaú Unibanco admite que quer vender sua operação de seguros de grandes riscos, com cerca de 1,8 bilhão de reais em prêmios emitidos.

(Por Aluísio Alves)