IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Café fecha abaixo da máxima de 2 anos em NY; açúcar também cede

Marcy Nicholson e Sarah McFarlane, com reportagem adicional de Chris Prentice em Nova York

06/03/2014 19h19

O mercado futuro do café arábica na bolsa de Nova York permaneceu volátil nesta quinta-feira (6), recuando da máxima de dois anos por realização de lucro, uma vez que partes do Brasil receberam chuvas necessárias, apesar de previsões de clima seco limitarem as perdas.

Os contratos futuros do açúcar limitaram os ganhos depois de subir até a máxima de quatro meses e atingir nível de resistência nos gráficos.

O clima seco atípico em janeiro e fevereiro no Brasil, o que levou a preocupações com a produção impulsionaram os preços do café arábica em até 76% desde o começo do ano, surpreendendo operadores.

Na quarta-feira (5), o mercado fechou acima da marca psicológica de 2 dólares por libra pela primeira vez em dois anos.

"Nós fomos além de 2 dólares e agora estamos vendo alguns especuladores dispostos a tomar algum dinheiro. As empresas estão mais dispostas a vender também, e estamos vendo o reflexo disso", disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, de Chicago.

O segundo vencimento do café arábica KCc2 caiu 6,85 centavos, ou 3,4 por cento, para fechar a 1,9555 dólar por libra-peso, abaixo da máxima de 2,04010 dólares da sessão anterior.

Na bolsa de Londres, o contrato maio do café robusta LRCc2 terminou com alta de 18 dólares, ou 0,9 por cento, para 2.083 dólares por tonelada, depois de testar o pico de um ano a 2.136 dólares por tonelada na terça-feira.

Preços do açúcar sustentados pelo clima seco

Os futuros do açúcar oscilaram perto da estabilidade, depois de atingir a máxima de quatro meses.

Os preços ainda são sustentados pelo clima seco visto anteriormente no Brasil, embora os analistas alertem que o rali possa perder força com a cobertura de vendidos.

"Ainda estamos cautelosos com a cobertura de vendidos que tem um importante papel para puxar os valores", disse Luke Mathews, estrategista de commodities da Commonwealth Bank of Australia.

"A história mostra que os ralis de coberturas de vendidos tem um fim, frequentemente abrupto."

O contrato maio do açúcar bruto SBc1 terminou com baixa de 0,09 centavo, ou 0,5 por cento, para 18,32 centavos, depois de ter atingindo 18,47 centavos, seu maior nível desde o final de outubro.

O mesmo vencimento na Liffe LSUc1 fechou com alta 0,60 dólar, ou 0,1 por cento, para 485,70 dólares por tonelada.