Pfizer recua de disputa pela compra da AstraZeneca por US$118 bi
LONDRES/NOVA YORK (Reuters) - A Pfizer abandonou nesta segunda-feira sua tentativa de comprar a AstraZeneca, por quase 70 bilhões de libras (118 bilhões de dólares), à medida que o prazo final se aproximava sem que houvesse uma mudança de atitude de último minuto na companhia farmacêutica britânica.
A decisão encerrou uma disputa pública que se arrastava há um mês entre duas das maiores companhias farmacêuticas do mundo, e que acendeu preocupações políticas sobre empregos e manobras sobre impostos nos dois lados do Atlântico.
As regras britânicas agora exigem um período de arrefecimento. A AstraZeneca poderia se aproximar da Pfizer após três meses e a Pfizer poderia fazer outra abordagem sobre sua rival britânica menor em seis meses, sendo convidada ou não.
A Pfizer tinha até as 13h (horário de Brasília) para fazer uma oferta firme ou desistir, sob as regras de aquisição no Reino Unido. Sua decisão de deixar o palco, pelo menos por enquanto, vinha sendo esperada depois que a AstraZeneca recusou sua oferta final de 55 libras por ação."Após a rejeição da oferta pelo Conselho da AstraZeneca, a Pfizer anuncia que não tem mais intenção de fazer uma oferta pela AstraZeneca", disse a Pfizer em um curto comunicado.
A maior fabricante de medicamentos dos Estados Unidos prometeu que não fará aquisição hostil, levando sua oferta diretamente aos acionistas da AstraZeneca, deixando o destino do que teria sido a maior fusão do setor farmacêutico da história nas mãos de seu alvo.
"Continuamos a acreditar que nossa proposta final era convincente e representava um valor completo pela AstraZeneca com base nas informações disponíveis a nós", disse Ian Read, presidente do Conselho e presidente-executivo da Pfizer.
A oferta final da Pfizer tinha um preço que muitos analistas e investidores sugeriram que traria a AstraZeneca à mesa para negociações sérias.
Mas ao rejeitar uma oferta anterior de 53,50 libras alegando uma subvalorização da companhia, o grupo britânico indicou que precisava de uma oferta mais do que 10 por cento maior, ou pelo menos 58,85 libras por ação, para que seu Conselho considerasse uma recomendação.
O presidente do Conselho da AstraZeneca, Leif Johansson, saudou a decisão da Pfizer de recuar, que segundo ele vai permitir que a companhia britânica se concentre em seu potencial de crescimento como uma companhia independente.
O que acontecerá a seguir vai depender de uma possível deterioração do preço das ações da AstraZeneca e do quanto seus acionistas se esforçarão para que a companhia reconsidere um negócio com a Pfizer.
(Por Ben Hirschler e Bill Berkrot)
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