Holcim e Lafarge recebem mais de 100 manifestações de interesse por ativos
ZURIQUE/PARIS (Reuters) - As fabricantes de cimento Holcim e Lafarge receberam mais de 100 manifestações de interesse por ativos que têm de vender antes de sua planejada fusão, disse o presidente-executivo da companhia suíça nesta segunda-feira.
As duas companhias propuseram uma série de vendas de ativos de vários bilhões de euros em seu esforço para conseguir aprovação regulatória para a fusão, revelada em abril, que criará um grupo combinado com 44 bilhões de dólares em vendas anuais.
O presidente-executivo da Holcim, Bernard Fontana, disse a jornalistas em uma coletiva em Zurique que as companhias receberam mais de 100 manifestações de interesse, incluindo de fundos de private equity e outras fabricantes de cimento, com vários interessados indicando um desejo de comprar todo o portfólio de ativos.
O número representa um avanço ante as 50 manifestações de interesse que as companhias tinham recebido quando publicaram a lista de alienações no dia 7 de julho.
Fontana afirmou que as companhias vão começar as discussões com potenciais compradores em agosto, mas não quis dizer qual será o prazo final para as ofertas.
Os dois grupos cimenteiros estão buscando compradores para operações na Áustria, Hungria, Romênia, Sérvia, Grã-Bretanha, Filipinas, Maurício e Brasil para responder a preocupações de reguladores de competição sobre seu poder combinado de mercado.
A venda afetará cerca de 10 mil funcionários de um total de 130 mil pessoas, e corresponderá a cerca de 3,5 bilhões de euros (4,7 bilhões de dólares) em vendas.
Questionado se a Holcim dará preferência para licitantes que garantirem que não vão cortar funcionários ou fechar instalações, Fontana não quis ser específico, mas reiterou que os ativos à venda não são casos de reestruturação.
Ele acrescentou que uma oferta pública inicial de ações ou uma cisão para alguns ativos permaneciam sendo opções.
(Por Caroline Copley e Leila Abboud)
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