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Credit Suisse tem prejuízo maior que o esperado após acordo com EUA

22/07/2014 07h38

ZURIQUE (Reuters) - O Credit Suisse divulgou sua maior perda trimestral desde o pico da crise financeira em 2008, resultado de um acordo de 1,6 bilhão de francos suíços (1,78 bilhão de dólares) com autoridades do governo norte-americano em um caso em que o banco foi acusado de ajudar clientes a sonegar impostos.

O banco suíço também disse que vai sair da área de negociação de commodities, indo contra um comunicado de apenas dois meses atrás, conforme continua trabalhando para que seu banco de investimento volte a apresentar retornos de capital de dois dígitos.

A unidade de renda fixa do Credit Suisse ofuscou tanto a área que lida com clientes mais abastados quanto seus rivais dos Estados Unidos, com uma alta de 4 por cento de receitas e negócios. Isso se compara a quedas de ao menos 10 por cento em bancos norte-americanos, incluindo Goldman Sachs e JPMorgan, divulgadas na semana passada.

O Credit Suisse disse que cortes no banco de investimentos permitirão que recursos e fundos sejam realocados para a área de private bank, que decepcionou investidores com um declínio de 39 por cento na receita e apresentou prejuízo devido à multa.

"Quero reiterar que nos arrependemos profundamente da má conduta passada que levou a esse acordo e que assumimos total responsabilidade por ele", disse o presidente-executivo do banco, Brady Dougan, nesta terça-feira.

O banco suíço teve prejuízo líquido de 700 milhões de francos no segundo trimestre, prejuízo maior que o apontado por pesquisa da Reuters junto a analistas que apontava, em média, resultado negativo de 581 milhões.