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FMI vê Brasil crescendo menos em 2014 e 2015 com piora na confiança

24/07/2014 14h35

SÃO PAULO (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas projeções de crescimento do Brasil para este ano e o próximo, citando aperto nas condições financeiras e a deterioração da confiança dos consumidores e dos empresários.

Pelo seu relatório Perspectiva Econômica Global publicado nesta quinta-feira, o FMI previu que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 1,3 por cento em 2014 e 2,0 por cento em 2015, com queda de 0,6 ponto percentual sobre as duas expectativas anteriores.

"No Brasil, condições financeiras mais apertadas e contínua fraqueza na confiança empresarial e do consumidor estão segurando o investimento e pressionando o crescimento do consumo", informou o FMI.

O quadro de confiança em baixa e atividade fraca tem sido corroborado diversos indicadores econômicos. No primeiro trimestre de 2014, a economia brasileira cresceu apenas 0,2 por cento na comparação com o período imediatamente anterior. A indústria também tem perdido força, puxando a atividade para baixo.

Economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus esperam expansão de apenas 0,97 por cento do PIB neste ano, com queda de 1,15 por cento da produção industrial de por cento. Para 2015, o levantamento indica alta de 1,50 por cento do PIB e de 1,70 da indústria.

As projeções do governo brasileiro e do próprio BC são de crescimento de 1,8 por cento e 1,6 por cento, respectivamente. No ano passado, o PIB no país cresceu 2,5 por cento.

O corte nas previsões do FMI para o Brasil também reflete o maior pessimismo do órgão em relação às perspectivas de crescimento global e dos mercados emergentes como um todo. [E5N0OT00X]

"Muitos mercados emergentes e economias em desenvolvimento ainda estão se ajustando às condições financeiras mais apertadas e ao custo de capital implícito mais alto desde maio de 2013, além de trajetórias de crescimento de médio prazo mais baixas", informou o Fundo.

Segundo o órgão, há necessidade urgente de reformas para fortalecer o crescimento potencial ou tornar o crescimento mais sustentável tanto em economias emergentes e avançadas.

(Por Bruno Federowski)