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PDG Realty amplia prejuízo para R$ 135,3 mi no 2º trimestre

31/07/2014 20h49

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A PDG Realty ampliou o prejuízo no segundo trimestre, na comparação anual, em um período marcado por vendas e lançamentos menores, enquanto espera estar próxima ao início de seu período de desalavancagem.

A companhia teve um prejuízo de R$ 135,3 milhões entre abril e junho ante um resultado negativo de R$ 104,9 milhões um ano antes.

A maior parte das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava para prejuízo entre R$ 10 milhões e R$ 42 milhões.

Segundo a empresa, apesar da piora nas expectativas macroeconômicas, pilares como a diminuição do risco de execução, redução de despesas corporativas e início da geração de caixa "permancem robustos".

"Acreditamos estar cada vez mais próximos do ponto de inflexão do caixa e, consequentemente, do início do ciclo dedesalavancagem da empresa", disse a companhia, em seu relatório de resultados.

A PDG teve um consumo de caixa de R$ 92 milhões no segundo trimestre, ante R$ 75 milhões nos três meses anteriores.

Em 2012, a empresa iniciou uma série de ajustes contábeis e a revisão dos orçamentos de obras e dos empreendimentos lançados, com o objetivo de normalizar suas operações a partir de 2015.

Isso ocorreu após a companhia registrar prejuízos consecutivos desde que um agressivo, porém malsucedido, plano de expansão gerou aumento de custos e atrasos em projetos.

Os lançamentos no segundo trimestre, considerando apenas a fatia da companhia, foram de R$ 483 milhões, queda de 1,3% ano a ano, ante estimativa média de analistas R$ 506,8 milhões.

No ano, os lançamentos totalizam R$ 613 milhões, concentrados integralmente no Rio de Janeiro e São Paulo, sendo aproximadamente metade em empreendimentos comerciais, 40% residenciais e 10% loteamentos.

"A companhia espera uma concentração maior de lançamentos no segundo semestre do ano, mas permanece atenta ao cenário macroeconômico de forma a melhor direcionar os lançamentos previstos", afirmou.

Na capital paulista, a empresa possui uma lista de projetos que somam R$ 1,5 bilhão em valor geral de vendas (VGV) potencial, a serem lançados nos próximos 18 a 24 meses. Os terrenos foram adquiridos antes da aprovação do novo Plano Diretor da cidade e os projetos foram aprovados conforme a legislação anterior.

As vendas contratadas da PDG caíram 20,2% e encerraram junho a R$ 383 milhões. Com relação aos estoques, as vendas brutas atingiram R$ 510 milhões, em linha com o trimestre anterior, quando foram de R$ 524 milhões.

Como previsto pelos analistas, os cancelamentos de contratos cresceram em bases trimestrais. Os distratos foram de R$ 275 milhões entre abril e junho, queda ante os R$ 373 milhões um ano antes, mas maiores do que os R$ 145 milhões entre janeiro e março.

Segundo a empresa, os 420 milhões de cancelamentos no semestre representam uma média de 210 milhões por trimestre, em linha com sua expectativa inicial de R$ 200 milhões a cada três meses ao longo do ano.

A receita líquida caiu 18,9% no segundo trimestre ante 2012, a R$ 926 milhões.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 72% na mesma base de comparação, encerrando junho a R$ 123,3 milhões.

A média das estimativas obtidas pela Reuters apontava para Ebitda de R$ 167,2 milhões.

(Por Juliana Schincariol; Edição de Luciana Bruno)