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Lucro da TIM cai 5,2% no 2o tri com receita afetada por Copa

01/08/2014 08h21

SÃO PAULO (Reuters) - O lucro da TIM Participações teve queda de 5,2 por cento de abril a junho na comparação anual, com receitas sofrendo impacto da redução da atividade econômica durante o mês da Copa do Mundo, informou a segunda maior operadora móvel do Brasil. A empresa divulgou na noite de quinta-feira que teve lucro líquido de 365,6 milhões de reais no trimestre, frente a 385,5 milhões de reais em igual período de 2013. Em pesquisa da Reuters, analistas estimavam lucro de 369 milhões de reais para o período.

Em seis meses, o lucro da TIM subiu 6,7 por cento, para 737,7 milhões de reais, "resultado saudável em ambiente que segue apresentando desafios ligados à competição e menor crescimento do setor", disse a empresa em relatório de resultados.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 8 por cento no segundo trimestre, para 1,33 bilhão de reais.

A receita líquida total somou 4,77 bilhões de reais, uma queda de 3,4 por cento em relação ao segundo trimestre do ano passado. A receita líquida de serviços, somente, teve variação negativa de 2 por cento, para 3,9 bilhões de reais.

Segundo a companhia, a receita sofreu efeito da queda de tráfego devido ao número reduzido de dias úteis em junho por conta dos jogos do Mundial.

A receita bruta de serviços de valor agregado, no entanto, subiu 22,2 por cento no ano a ano, devido ao aumento dos usuários de dados, disse a TIM. A base total de assinantes ficou em 74,2 milhões de linhas, alta de 2,8 por cento em 12 meses, abaixo do crescimento de 3,8 por cento do mercado brasileiro. A quantidade de clientes pós-pagos cresceu 7,4 por cento, e chegou a 12,2 milhões. A base da TIM com aparelhos 3G encerrou o segundo trimestre com 30,2 milhões de usuários, aumento de 76,5 por cento na comparação anual, com participação de mercado de 25,52 por cento. A base de usuários de banda larga Live TIM, por sua vez, chegou a 100 mil, com adição de 20,2 mil novos clientes.

A receita média por usuário (ARPU) atingiu 17,3 reais no período, queda de 4,5 por cento sobre um ano antes, devido à redução da VU-M, taxa de interconexão cobrada pelas operadoras de telefonia móvel de operadoras fixas.

Os custos e as despesas operacionais totalizaram 3,4 bilhões de reais no trimestre, queda de 7,2 por cento no ano a ano. Os investimentos da TIM no segundo trimestre totalizaram 1,04 bilhão de reais, redução de 7 por cento em relação ao segundo trimestre de 2013. No semestre, foram investidos 1,66 bilhão de reais, sendo 94 por cento desse total dedicados à infraestrutura. A dívida bruta somava 6,36 bilhões de reais no fim de junho, incluindo o primeiro desembolso no total de 1,75 bilhão de reais realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar a financiar os investimentos de 2014 a 2015. Excluindo esse efeito, a dívida bruta aumentou 1,9 por cento na comparação anual. Para o segundo semestre, a TIM destacou em seu relatório de resultados a "provável realização do leilão da frequência de 700 MHz para os serviços 4G no início de setembro".

"Seguimos com todos os passos necessários para a participação e aquisição desse importante conjunto de recursos para a expansão da nossa presença no mundo de dados", disse a companhia.

Também na noite de quinta-feira, o Conselho de Administração da TIM indicou Guglielmo Noya para o cargo de diretor financeiro, acrescentando que a eleição do executivo ficará condicionada à obtenção das autorizações necessárias à concessão do visto pertinente.

Noya substituirá Claudio Zezza, que permanecerá no cargo até a efetiva posse.

(Por Luciana Bruno; Edição de Marcela Ayres)