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Aécio diz que país precisa de marco regulatório para ferrovias e mineração

05/08/2014 17h10

BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou a dizer nesta terça-feira que o Brasil precisa de novos marcos regulatórios para atrair investidores em infraestrutura e citou mudanças no setor ferroviário e de mineração caso seja eleito.

“O setor ferroviário, por exemplo, não conseguiu avançar para atrair investimentos. No setor mineral, o governo promete há oito anos enviar ao Congresso e não o fez. Nós vamos resgatar as agências reguladoras como instrumentos da sociedade brasileira”, disse o tucano a jornalistas na saída de um encontro com profissionais da saúde na Associação dos Médicos de Brasília.

Ele não deu detalhes sobre as mudanças que pretende fazer.

O governo enviou uma proposta para o setor de mineração no ano passado ao Congresso, que ainda não concluiu a análise da proposta.

Aécio voltou a dizer que criará, caso eleito, o Ministério da Infraestrutura para dar mais agilidade aos investimentos nesse setor, em especial “em ferrovias e hidrovias”.

O tucano indicou ainda que pode acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal ação dos governos petistas para fazer investimentos em obras públicas e cuja a terceira versão será lançada pela presidente Dilma Rousseff (PT), e será usada como uma das bandeiras da sua campanha à reeleição.

“O meu ministério (da Infraestrutura) não estará preocupado com marcas e slogan”, disse. “O que eu quero é resultado. O PAC é um conjunto de investimentos, alguns iniciados, alguns poucos concluídos e grande parte deles pelo meio do caminho e até abandonados”, criticou Aécio.

“O governo da presidente Dilma achou que o Estado poderia fazer solitariamente todos os investimentos necessários para a retomada do crescimento no Brasil. Não pode”, prosseguiu.

SAÚDE

O candidato voltou a criticar a gestão do PT na saúde e disse que o governo vive de medidas de improviso e citou como exemplo dessas medidas o programa Mais Médicos.

“Os cubanos têm prazo de validade, ficarão aqui por três anos”, disse ao ser questionado sobre o programa do governo, que é sustentado principalmente com profissionais de Cuba.

“O que eu pretendo é que não haja necessidade de médicos estrangeiros... Se houver necessidade de médicos estrangeiros, que seja uma questão lateral e não central”, afirmou Aécio, que tem dito que não acabaria com mo Mais Médicos se for eleito.

O tucano prometeu ainda que criará cerca de 500 centros de atendimentos especializados no país.

“Nosso programa vai propor a criação de alguma coisa em torno de 500 unidades regionais, onde o cidadão chega e é atendido pelo médico especializado, é encaminhado, a partir do diagnóstico, ao exame e recebe o medicamento”, afirmou.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)