Ibovespa recua 1,7% com incerteza eleitoral e pessimismo internacional
Por Priscila Jordão e Aluísio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou esta segunda-feira no menor nível em mais de cinco semanas, refletindo uma combinação de nervosismo antes de novos números da corrida presidencial e o pessimismo externo com a economia dos Estados Unidos e da China.
O Ibovespa ainda se recuperou parcialmente no final da tarde, mas isso não bastou para impedir sua quarta queda seguida. Aos 56.818 pontos, após cair 1,68 por cento, o índice marcou o menor nível de fechamento desde 14 de agosto.
O giro financeiro do pregão somou 7,66 bilhões de reais.
Em semana recheada de pesquisas eleitorais, o clima entre investidores foi de incerteza. Os últimos levantamentos apontaram recuperação do candidato do PSDB, Aécio Neves. Nas simulações de segundo turno, a disputa segue bastante acirrada entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), afetando expectativas de vitória da oposição.
Reportagens na mídia local citando levantamentos próprios dos partidos deram combustível às especulações.
"A especulação eleitoral continua a pleno vapor em função das pesquisas que estão para sair e tudo indica que a corrida eleitoral está cada vez mais acirrada, o que dificulta a precificação dos ativos e corrobora o aumento da volatilidade", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.
As ações das estatais Eletrobras e Banco do Brasil tiveram as maiores quedas do Ibovespa.
Vale também recuou forte, após o minério de ferro com entrega imediata na China cair abaixo de 80 dólares por tonelada pela primeira vez em cinco anos.
JBS também foi destaque negativo. Fontes disseram à Reuters que a companhia adiou um plano para levantar 4 bilhões de reais com uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua unidade de carne de suína, aves e alimentos processados.
Mais cedo, no pior momento do pregão, o Ibovespa chegou a cair 3,14 por cento, refletindo o pessimismo internacional generalizado com a China.
O ministro das Finanças chinês, Lou Jiwei, disse no domingo que a China não alterará dramaticamente a política econômica por conta de um único indicador econômico, dias após economistas reduzirem projeções de crescimento do país após dados recentes. A declaração esfriou a expectativa de que Pequim adote novos estímulos à economia e atingiu os preços de commodities.
A perspectiva de resultado modesto do PMI industrial do país ampliou o sentimento negativo do mercado.
As bolsas de Nova York também fecharam no vermelho. O S&P 500 teve a maior queda diária desde o início de agosto, após a divulgação de dados da construção mais fracos que o esperado, levantando preocupações sobre o crescimento da economia dos Estados Unidos.
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