Crescimento da China é o mais fraco desde crise global e meta corre risco
Por Jake Spring e Xiaoyi Shao
PEQUIM (Reuters) - A China cresceu no terceiro trimestre no ritmo mais fraco desde a crise financeira global e corre o risco de não alcançar a meta oficial pela primeira vez em 15 anos, ampliando as preocupações de que a segunda maior economia do mundo está afetando o crescimento global.
A retomada na produção industrial e a confiança do governo de que o mercado de trabalho continua estável foram compensados por mais desaceleração no setor imobiliário, e economistas continuam divididos sobre se as autoridades vão ou não intervir com medidas de estímulo, como cortes na taxa de juros.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,3 por cento no terceiro trimestre sobre o ano anterior, de acordo com dados oficiais publicados nesta terça-feira, taxa mais fraca desde o primeiro trimestre de 2009.
O resultado ficou ligeiramente acima da projeção de 7,2 por cento de analistas, mas abaixo dos 7,5 por cento vistos no segundo trimestre e alimentando as expectativas de que o crescimento ficará abaixo da meta oficial de 7,5 por cento neste ano, a primeira vez desde 1999.
Na comparação trimestral, o crescimento desacelerou para 1,9 por cento, contra expectativas de 1,8 por cento e sobre 2,0 por cento no segundo trimestre.
O primeiro-ministro, Li Keqiang, já afirmou várias vezes que as autoridades vão tolerar crescimento ligeiramente abaixo da meta já que tentam remodelar a economia para que seja mais voltada ao consumo doméstico e menos às exportações e investimentos.
Outros dados divulgados juntos com o relatório do PIB nesta terça-feira mostraram que a produção industrial subiu 8,0 por cento em setembro sobre um ano antes, contra expectativa de alta de 7,5 por cento e ante mínima de seis anos em agosto de 6,9 por cento.
As vendas no varejo avançaram 11,6 por cento em setembro sobre o ano anterior, ante previsão de analistas de avanço de 11,8 por cento e de 11,9 por cento no mês anterior.
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