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Lucro da Colgate recua 17% com queda da demanda no Brasil e China

24/10/2014 12h30

(Reuters) - A Colgate-Palmolive teve queda de 17 por cento no lucro do terceiro trimestre, impactado por uma demanda fraca no Brasil e na China e o dólar norte-americano mais forte.

O dólar mais forte vai desacelerar o crescimento do lucro por ação da companhia para o ano inteiro para entre 3 e 4 por cento, disse a Colgate. A companhia esperava anteriormente um crescimento de entre 4 e 5 por cento.

Companhias norte-americanas com grandes operações internacionais estão precisando se ajustar a um novo cenário após mais de uma década aproveitando-se os benefícios de um dólar relativamente fraco sobre os lucros.

Os mercados emergentes, que geram cerca de 50 por cento das vendas líquidas da Colgate, enfraqueceram nos últimos meses, com o Brasil caindo em recessão técnica e a China diante do que é tida como a pior desaceleração do país em 24 anos.

A Colgate, que controla quase 45 por cento do mercado mundial de cremes dentais, disse que as vendas líquidas na América Latina caíram 4,5 por cento no trimestre.

O lucro líquido caiu a 542 milhões de dólares, ou 0,59 dólar por ação, no trimestre, ante 656 milhões de dólares, ou 0,70 dólar por papel, um ano antes.

As vendas líquidas no mundo todo tiveram leve queda, para 4,38 bilhões de dólares.

As vendas orgânicas, que excluem o impacto de aquisições, desinvestimentos e câmbio, cresceram 3,5 por cento.

Excluindo itens, a companhia teve lucro de 0,76 dólar por ação, em linha com a mediana de estimativas de analistas, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.

(Por Devika Krishna Kumar)