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Mantega diz que IPI de carro volta a ser cobrado integralmente em janeiro, informa Anfavea

20/11/2014 15h04

BRASÍLIA (Reuters) - O governo vai manter a volta da cobrança integral do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre a venda de automóveis a partir de janeiro, informou o presidente da Anfavea, Luiz Moan, após encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira.

"A posição do Ministério da Fazenda, como a das reuniões anteriores, é de que a implementação cheia da alíquota do IPI será em janeiro", disse Moan. O executivo acrescentou que esse foi o posicionamento do ministro Mantega durante a reunião desta quinta-feira.

Com o retorno das alíquotas originais, o IPI cobrado de carros populares passará a 7 por cento ante 3 por cento praticado atualmente. O IPI de carros médios com motor flex irá a 11 por cento ante 9 por cento. E o imposto de carros médios com motor a gasolina passará a 13 por cento ante 9 por cento.

Questionado se o reajuste será repassado ao consumidor, o presidente da Anfavea disse que esta será uma decisão "individual de cada empresa".

Ao falar que o setor se prepara para o aumento da tributação, ele disse que os fabricantes de veículos tendem a continuar trabalhando com promoções para aquecer as vendas.

"Vamos lutar o máximo possível para produzir e principalmente vender."

O executivo descartou possibilidade de demissão de trabalhadores diante da decisão do governo de voltar a cobrar o IPI de forma integral, apontando os altos custos das montadoras com treinamento de mão de obra.

O presidente da Anfavea esteve com Mantega para pedir a "rápida" divulgação da taxa de juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para o Moderfrota que irá vigorar em 2015.

O Moderfrota é o programa de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para produção de caminhões, ônibus e máquinas e implementos agrícolas. As taxas cobradas nesses financiamentos variam atualmente entre 4,5 por cento e 6 por cento ao ano. Moan disse que o ministro ficou de avaliar o pedido para a divulgação das taxas que irão vigorar no próximo ano.

(Por Luciana Otoni)