Sinais mistos da economia dos EUA confudem o Fed, mostra estudo
SAN FRANCISCO (Reuters) - Sinais conflitantes de dados econômicos estão tornando difícil para o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, usar uma conhecida regra básica para definir a política monetária, de acordo com um estudo do Fed San Francisco publicado nesta segunda-feira.
A chamada regra de Taylor, em homenagem a seu autor, o professor da Universidade de Stanford John Taylor, gera uma estimativa para o nível adequado de taxas de juros com base na taxa de inflação e no nível de ociosidade econômica.
Durante a maior parte do tempo desde a Grande Recessão, a regra de Taylor sugeriu ao Fed empurrar os juros básicos para bem abaixo de zero para trazer a economia de volta ao normal. Uma vez que as taxas de juros negativas são difíceis de se administrar, o Fed recorreu a métodos não convencionais de flexibilização da política, incluindo enormes programas de compra de títulos.
O Fed encerrou seu mais recente programa de estímulo no mês passado, mas não deve começar a elevar os juros do atual patamar perto de zero até meados do próximo ano.
Ultimamente, a regra de Taylor tem gerado diferentes políticas de taxas de juros, dependendo de qual medida de ociosidade econômica é utilizada, mostram os autores do estudo do Fed.
Usando o espaço entre a taxa potencial de crescimento da economia e seu crescimento real, a regra de Taylor sugere atualmente uma taxa de juros cerca de meio ponto percentual abaixo de zero, segundo o estudo.
Mas usando a diferença entre a taxa de desemprego atual e a menor taxa de desemprego da economia pode suportar sem gerar inflação, a regra de Taylor prescreve atualmente um juro de cerca de 1,5 por cento.
"Determinar se a economia está superaquecendo ou abaixo do esperado é fundamental para a política monetária", escreveram os autores do documento, Early Elias, Helen Irvin e Oscar Jorda.
"Nossa análise destaca as dificuldades de usar a regra de Taylor como um guia prático para a implementação da política monetária em tempo real".
(Por Ann Saphir)
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