Fiesp não aceitará aumento de impostos 'em hipótese alguma', diz Skaf
SÃO PAULO, 11 Dez (Reuters) - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou nesta quinta-feira que a indústria não aceitará aumento de impostos em hipótese alguma, falando sobre as medidas que eventualmente poderiam ser tomadas pelo governo federal para melhorar o superavit primário (economia para pagar juros).
"É bom que os governos tentem é encurtar suas despesas, se forem pelo caminho de aumentar receitas com impostos, vão enfrentar resistência máxima", disse Skaf, mencionando o posicionamento da entidade contra "conversas sobre a CPMF" e contra o reajuste do IPTU em São Paulo.
A Fiesp recorrerá no Supremo Tribunal Federal da decisão judicial que liberou o reajuste do IPTU em São Paulo, afirmou Skaf.
Ele disse, em outra frente, considerar o momento "inoportuno" para uma eventual retirada de cortes de tributos sobre a folha de pagamento, quando questionado sobre outra saída possível do governo para aumentar a arrecadação.
"Em momentos de dificuldades, o custo da folha ser menor ajuda o empregador a ter fôlego para manter os funcionários", defendeu.
Segundo o presidente da Fiesp, que concorreu ao governo paulista pelo PMDB em eleições vencidas pelo governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB), as perspectivas para a indústria seguem sem brilho após um 2014 ruim.
A estimativa da Fiesp é que a atividade da indústria vá cair 1,7% neste ano, com recuo de 3,5% da indústria da transformação, desempenho considerado "lamentável" por Skaf.
Para 2015, a projeção é de ligeira alta de 0,1% da industria, com recuo de cerca de 1% na indústria de transformação. Sobre a economia brasileira no geral, a Fiesp estima que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,5% no próximo ano.
"Na área econômica, vamos sair de um ano sem crescimento, com crescimento negativo da indústria, e entrar em outro ano com resultados não muito diferentes", afirmou Skaf. "Não temos muito o que comemorar".
Em conversa com jornalistas, ele afirmou que a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff é boa e está bem entrosada, mas que o horizonte para o governo em 2015 deve ser difícil por eventuais desdobramentos políticos das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras.
"Será um ano com grandes emoções e não sei se 2016 será diferente", completou.
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