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Bradesco lucra R$3,99 bi no 4º tri; inadimplência recua

29/01/2015 08h02

Por Aluísio Alves e Guillermo Parra-Bernal

SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco viu seu lucro subir quase 30 por cento no quarto trimestre, apoiado em maiores margens com crédito, robusta alta em seguros e menos despesas com provisões para calotes, embora o crédito tenha crescido abaixo do previsto.

De outubro a dezembro, o lucro líquido do segundo maior banco privado do país somou 3,993 bilhões de reais, aumento ano a ano de 29,7 por cento. Excluindo itens não recorrentes, o lucro somou 4,132 bilhões de reais, alta de 29,2 por cento. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para lucro recorrente de 3,971 bilhões de reais.

O resultado positivo veio mesmo com o fraco desempenho no crédito, cujo estoque cresceu apenas 6,5 por cento no ano, a 455,127 bilhões de reais. A carteira para pessoa física evoluiu 8,2 por cento, enquanto a corporativa aumentou em 5,8 por cento.

O avanço ficou abaixo da previsão para a carteira total para 2014, de 7 a 11 por cento, que já tinha sido reduzida em outubro. A previsão inicial era de aumento de 10 a 14 por cento.

Diante do atual cenário de fraca atividade econômica do país, o Bradesco previu para 2015 um crescimento de 5 a 9 por cento de seu estoque de financiamentos em 2015.

O foco na qualidade da carteira e na rentabilidade, porém, surtiu resultado. O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, fechou o trimestre em 3,5 por cento, no mesmo nível de um ano antes e abaixo dos 3,6 por cento no trimestre anterior.

Com isso, as despesas com provisões do Bradesco para perdas com calotes caíram 1,2 por cento na base sequencial, a 3,307 bilhões de reais, embora tenham subido 11,7 por cento em um ano.

O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido foi de 20,1 por cento, declínio de 0,3 ponto sobre o trimestre anterior, mas alta de 2,1 pontos percentuais sobre 12 meses.

As receitas do banco com tarifas e serviços cresceram 11,7 por cento em 12 meses, para 5,84 bilhões de reais. E a emissão de prêmios de seguros deu um salto de 38 por cento em apenas 3 meses, para 17,8 bilhões de reais.