Rio Tinto desafia declínio de preços de commodities com forte remuneração a acionistas
MELBOURNE (Reuters) - A mineradora global Rio Tinto anunciou uma recompra de 2 bilhões de dólares em ações, além de um dividendo superior ao esperado na quinta-feira, apesar de ter divulgado seu pior lucro semestral em dois anos.
O impulso no provento veio depois de a segunda maior mineradora do mundo ter cortado custos, despesas de capital e dívida para reforçar seu fluxo de caixa contra a queda dos preços das commodities, com o recuo mais íngreme sendo visto em seu maior negócio, de minério de ferro.
A maior surpresa foi a Rio Tinto ter conseguido cortar a dívida líquida para 12,5 bilhões de dólares, acentuadamente abaixo das previsões, e ter sinalizado que iria cortar os gastos de capital em 2015 para menos de 7 bilhões de dólares, em vez de 8 bilhões, fatores que darão flexibilidade à empresa para continuar retornando recursos aos acionistas.
O presidente-executivo da Rio Tinto, Sam Walsh, sob pressão para agradar os investidores para afastar uma abordagem renovada de aquisição da rival Glencore, disse que estava confiante que a empresa continuaria a gerar retornos sustentáveis para os acionistas.
"2015 será um ano difícil para a indústria, mas estamos prontos para responder a quaisquer condições", afirmou Walsh a repórteres em uma teleconferência a partir de Londres.
"O balanço forte é uma vantagem competitiva chave, fornecendo uma ampla gama de opções no futuro independentemente das condições de mercado", disse ele.
O lucro recorrente para os seis meses até dezembro caiu 30 por cento, para 4,19 bilhões de dólares sobre um ano antes, com base em cálculos da Reuters a partir do resultado do ano, mas ficou bem acima das previsões dos analistas de 3,76 bilhões de dólares.
A Rio Tinto elevou seu dividendo para o fechado do ano em 12 por cento, para 2,15 dólares, acima dos 2,12 dólares esperados pelo mercado.
A companhia disse que irá retornar 2 bilhões de dólares aos acionistas através de uma recompra de suas ações listadas na Austrália e Reino Unido, em linha com o que analistas estimavam.
(Por Sonali Paul)
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