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Mudanças no Fies criam ambiente de insegurança, diz Anima

26/02/2015 19h29

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Anima Educação disse nesta quinta-feira que as alterações no Fies, programa de financiamento estudantil do governo federal, criam um ambiente de insegurança, com impacto direto sobre alunos e professores.

"Mas temos que ser perseverantes e nos adaptar rapidamente à nova realidade...Continuamos vendo muitas oportunidades de crescimento e iremos trabalhar ainda com mais afinco para capturá-las", disse a companhia em seu relatório de resultados divulgado nesta quinta-feira.

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) anunciou no final do ano passado mudanças no financiamento, como exigência de nota mínima de 450 pontos no Enem.

O MEC também estabeleceu que empresas com mais de 20 mil alunos usando empréstimos do fundo poderão vender seus créditos do programa em um intervalo mínimo de 45 dias, ante 30 dias.

Segundo a Anima, a mudança, que considerou drástica, fere "a credibilidade do órgão regulador e cria um ambiente de insegurança que desestimula investimentos que vinham promovendo importantes progressos de qualidade no setor, impactando, assim, diretamente alunos e professores".

Ao final do quarto trimestre, a Anima tinha 36,2 mil alunos com acesso aos programas de financiamento, sendo o Fies e o financiamento próprio chamado Pravaler, correspondentes a 48 por cento da base de alunos de graduação. Considerando apenas os calouros advindos dos vestibulares, o número chega a 56 por cento.

A Anima teve lucro líquido ajustado de 23,3 milhões de reais no quarto trimestre, alta anual de 15,9 por cento.

No período, a receita líquida aumentou 62,5 por cento, a 211,5 milhões de reais, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 31,2 milhões de reais, avanço de 36,3 por cento.

(Por Juliana Schincariol)