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CORREÇÃO (OFICIAL) - Previsão de alta carga de energia no Brasil em 2015 pode cair a 0,2%, diz ONS

19/03/2015 12h49

RIO DE JANEIRO (Reuters) - (Diretor do ONS corrigiu índice informado por ele para corte de 3 pontos percentuais na projeção atual de 3,2% e não queda de 3% na carga em 2015)

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A previsão de carga de energia movimentada pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) pode sofrer uma revisão para alta de apenas 0,2 por cento este ano ante estimativa atual de crescimento de 3,2 por cento, afirmou o diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp.

A perspectiva é que a nova projeção seja divulgada a partir maio após estudos conjuntos do ONS e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Chipp explicou que o ritmo de demanda já aponta para a necessidade de uma revisão da projeção de carga para algo entre crescimento de 0,8 a 1 por cento.

Segundo ele, com o preço mais caro da energia diante da vigência de bandeiras tarifárias vermelhas, a tendência será de redução do consumo de eletricidade no país. Além disso, lembrou Chipp, o governo federal está promovendo campanha de uso racional de energia.

O diretor do ONS frisou que a perspectiva de PIB mais baixo este ano também vai influenciar a revisão na previsão de carga para 2015. "Pode se chegar 3 pontos percentuais a menos que a projeção para este ano", declarou Chipp. "Será uma crescimento menor de carga com efeito da campanha e desaceleração da economia", acrescentou.

O presidente da EPE confirmou o estudo de revisão de carga, mas ponderou sobre o resultado final. "Temos um trabalho preliminar que deu 0,8 por cento em vez de 3,2", disse o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. "A elasticidade da campanha (de redução de consumo) é mais difícil de medir e estamos tentando medir", adicionou ele.

Segundo o diretor geral do ONS, se a previsão de crescimento menor da carga se confirmar, a necessidade de afluência para a região Sudeste até o fim do período úmido poderá baixar da previsão de 85 por cento da média para 74 por cento. Dessa forma, ao final de abril os reservatórios do Sudeste estariam com acumulações de 31 por cento.

Ainda de acordo com o ONS, se durante o período seco (de maio a novembro), as chuvas no Sudeste alcançarem 70 por cento da média histórica, no início do próximo período chuvoso, os reservatórios estarão em um nível de 10 por cento.

As taxas de crescimento do PIB e outras variáveis também estão sendo revisadas pelos dois órgãos para atualizar as projeções de carga e demanda de energia para os próximos 5 anos.

(Por Rodrigo Viga Gaier)