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Siderúrgicas chinesas se voltam ao exterior com aumento dos problemas domésticos

23/03/2015 09h42

XANGAI (Reuters) - Carregadas de dívidas e enfrentando dificuldades para ganhar dinheiro à medida que a segundo maior economia do mundo perde ímpeto, as siderúrgicas da China não parecem ser candidatas óbvias para expansão no exterior.

Mas o setor de aço chinês atingido pela crise está pedindo forte apoio governamental para planos para intensificar as aquisições no exterior enquanto busca escapar de um crescimento fraco de demanda e custos ambientais cada vez mais altos no mercado doméstico.

Num esboço de um plano de reestruturação revisado para a indústria divulgado na semana passada, Pequim incluiu uma linha dizendo que apoiaria os esforços de siderúrgicas de comprar ativos no exterior, com atenção agora voltada para medidas mais detalhadas que podem ser anunciadas no decorrer do ano.

"Existe capacidade que podemos mudar para o exterior, para regiões que precisam disso como o Sudeste Asiático ou o Leste Europeu, além de lugares como a Indonésia e a África onde a demanda por aço é enorme mas a capacidade de produção é muito baixa", disse o presidente do conselho da Wuhan Iron and Steel Group, Deng Qilin.

A expansão ao exterior do maior setor de aço do mundo ofereceria alguma sustentação aos preços do minério de ferro, que despencaram para mínimas recordes neste mês com Pequim intensificando verificações ambientais que podem desativar mais usinas siderúrgicas numa indústria na qual a capacidade de produção está 300 milhões de toneladas acima da demanda.

(Por Ruby Lian e David Stanway)