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Vazamento em duto paralisa 4 plataformas da Petrobras no litoral de Sergipe

24/04/2015 12h20

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um vazamento em um duto da Petrobras, que interliga as plataformas de produção PCM-5 e PCM-6, no campo de Camorim, na Bacia de Sergipe-Alagoas, despejou na quinta-feira no mar 7 mil litros de óleo e provocou a paralisação de quatro plataformas fixas, afirmou a petroleira.

O vazamento aconteceu a cerca de 16 quilômetros da costa de Aracaju e já foi estancado.

"Devido ao movimento natural das marés, é esperado que pequenas partículas cheguem à costa", informou a petroleira em nota, explicando que permanecerá em alerta para realizar operações de limpeza de praia até que não haja vestígios de material.

As unidades paralisadas (PCM-5, PCM-6, PCM-8 e PCM-9) produzem juntas atualmente um pequeno volume de petróleo, 300 barris por dia, e 60 mil metros cúbicos de gás natural.

Os volumes, segundo a estatal, representam 0,7 por cento da produção diária de óleo da Unidade de Operações de Exploração e Produção de Sergipe e Alagoas e 1,3 por cento da extração de gás.

A Petrobras afirmou que a produção das quatro plataformas permanecerá paralisada até a conclusão do reparo do duto que, de acordo com a Petrobras, está prevista ainda para esta sexta-feira.

"Os pequenos vazamentos nessas plataformas são constantes, por falta de manutenção", disse à Reuters o diretor do Sindicato dos Petroleiros Alagoas/Sergipe, Stoessel Chagas, explicando que a Petrobras está vedando o duto com equipamento chamado de braçadeira, no jargão do setor.

"A gente brinca aqui que o número de braçadeiras é maior que a tubulação."

A ANP avaliou o vazamento como de "pequeno porte" e confirmou que ele já foi estancado. A autarquia disse que mantém contato com a Marinha, que está acompanhando a dispersão da mancha de óleo por meio de sobrevoos de helicóptero.

"Como é de praxe, a ANP poderá abrir investigação de incidente, além de exigir que a operadora realize sua própria investigação e continuará acompanhando as operações de contenção e dispersão que estão sendo executadas pela operadora", disse a agência reguladora, em nota.

A Petrobras acrescentou ainda que quase todo o volume vazado foi recolhido por embarcações e o restante foi dispersado por embarcações de apoio. Também frisou que tomou todas as medidas de respostas previstas e necessárias.

(Por Marta Nogueira)