Lucro da Cielo desacelera no 2º tri; custos sobem e margem cai
SÃO PAULO (Reuters) - A Cielo teve lucro pouco acima das expectativas no segundo trimestre, com as receitas de recebíveis compensando parcialmente os efeitos da cadente atividade econômica do país e o aumento das despesas, que pressionaram as margens.
A maior empresa de meios eletrônicos de pagamentos do país anunciou nesta quarta-feira que seu lucro líquido somou R$ 907,6 milhões, alta de 13,9% ante igual etapa de 2014. O número ficou superou a previsão média de oito analistas ouvidos pela Reuters, de 880 milhões.
Maiores taxas de desconto na antecipação de recebíveis a lojistas e a inclusão das operações da Cateno, joint venture firmada com o Banco do Brasil em novembro para gestão de contas de pagamento Ourocard ajudaram a compensar a desaceleração de transações com cartões de débito e de crédito.
A receita líquida subiu 52%, a R$ 2,8 bilhões, quase em linha com a projeção média de 2,81 bilhões. O volume financeiro de transações somou R$ 129,7 bilhões, avanço de apenas 3,5% na comparação annual.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 1,355 bilhão, alta ano a ano de 41,9%. A margem Ebitda caiu 3,4 pontos percentuais, a 48,5%.
O custo dos serviços prestados aumentou 85,1%, para R$ 1,302 bilhão, refletindo em parte os maiores custos relativos à Cateno.
Por outro lado, a receita com antecipação de recebíveis, líquida do ajuste a valor presente e do custo de captação, deu um salto de 40,4%, para 493,6 milhões, refletindo maior demanda de lojistas por recursos, num momento de aperto no crédito, especialmente para empresas de menor porte.
(Por Aluisio Alves)
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