Conselho da Petrobras aprova plano para IPO da BR Distribuidora
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho de Administração da Petrobras aprovou um plano para requerer a permissão regulatória para listar na bolsa a BR Distribuidora, unidade de distribuição de combustíveis da estatal, semanas após contratar os bancos que conduzirão a operação.
A decisão de levar adiante a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) vem em um momento em que a Petrobras conta cada vez mais com a redução de custos, vendas de ativos e redução de investimentos como uma forma de manter a dívida sustentável diante do escândalo de corrupção do qual está no centro.
A BR Distribuidora foi avaliada recentemente em cerca de US$ 10 bilhões por analistas da UBS Securities. Uma fonte do setor bancário afirmou anteriormente que a oferta pode ser realizada por ao menos um quarto de tal quantia.
Em fato relevante divulgado na madrugada desta sexta-feira, a companhia disse que a listagem da BR Distribuidora dependerá das condições nos mercados doméstico e global. A Petrobras buscará todas as autorizações necessárias junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outros órgãos reguladores.
A Petrobras não especificou os termos da transação ou um possível cronograma. Mas o momento do anúncio, que coincidiu com a divulgação dos resultados da Petrobras no segundo trimestre, sugere que a companhia pode precificar a oferta já em outubro.
Fontes disseram à Reuters no mês passado que a Petrobras contratou as unidades de banco de investimento do Citigroup, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, BTG Pactual e Bank of America para conduzirem o IPO da BR Distribuidora.
A BR Distribuidora controla a maior rede de postos de gasolina, etanol e diesel do Brasil.
A mesma fonte disse na época que o plano pode ajudar a Petrobras a captar cerca de R$ 10 bilhões com a oferta, tornando o IPO o maior do país desde a listagem da BB Seguridade em abril de 2013.
Os recursos obtidos iriam para a Petrobras e não para a BR Distribuidora, em uma transação conhecida como oferta secundária.
(Por Guillermo Parra-Bernal)
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