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Emprego nos EUA tem forte crescimento em julho, reforça visão de alta do juro

07/08/2015 10h29

WASHINGTON (Reuters) - O emprego nos Estados Unidos cresceu a um ritmo sólido em julho e a renda mostrou retomada após estagnação inesperada no mês anterior, sinais de melhora na economia que podem abrir mais as portas para que o Federal Reserve, banco central do país, eleve a taxa de juros em setembro.

Foi registrada a criação de 215 mil postos de trabalho no mês passado conforme a retomada no emprego em construção e indústria compensaram mais quedas no setor de mineração, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. A taxa de desemprego ficou estável na mínima de sete anos, a 5,3 por cento.

Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 223 mil vagas no mês passado e taxa de desemprego de 5,3 por cento.

Os dados de emprego para maio e junho foram revisados para mostrar 14 mil empregos criados a mais do que informado anteriormente.

Embora as contratações tenham desacelerado sobre o forte ritmo do ano passado, ela continua duas vezes maior que a taxa necessária para acompanhar o crescimento populacional. O Fed no mês passado melhorou sua avaliação sobre o mercado de trabalho, argumentando que ele continua "melhorando, com sólidos ganhos em emprego e desemprego em declínio".

A renda média por hora trabalhada subiu 0,05 dólar, ou 0,2 por cento, no mês passado após ter ficado estável em junho. Isso deixa a renda média 2,1 por cento acima do patamar do ano passado, mas ainda muito abaixo da taxa de crescimento de 3,5 por cento que economistas associam com o pleno emprego.

Mesmo assim, o avanço apoia a visão de que a forte desaceleração no crescimento da remuneração no segundo trimestre e nos gastos de consumidores em junho foi temporária.

O crescimento do salário tem sido lento. Mas condições de mercado de trabalho cada vez mais apertadas e decisões de vários Estados e governos locais de elevar os salários mínimos têm alimentado expectativas de retomada.

Os ganhos no emprego em julho foram concentrados no setor de serviços. Ao mesmo tempo, foram criadas 6 mil vagas na construção graças ao fortalecimento no mercado imobiliário, após estabilidade em junho. O emprego na indústria cresceu em 15 mil postos de trabalho conforme algumas montadoras deixaram de fechar fábricas durante o verão nos EUA para atualização de maquinário como de costume. Em junho, foram criadas 2 mil vagas na indústria.

Mais demissões no setor de energia, que enfrenta a forte queda do ano passado nos preços do petróleo bruto, pressionaram o emprego em mineração, que perdeu 4 mil vagas em julho.

(Por Lucia Mutikani)