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Taxa de desemprego não vai chegar a 2 dígitos, diz ministro do Trabalho

26/08/2015 19h32

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O atual momento do mercado de trabalho é difícil e preocupante, mas não há risco da taxa de desemprego voltar este ano à casa dos dois dígitos, segundo o Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que aposta na retomada do emprego com políticas de governo e investimentos privados.

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 8,3 por cento no segundo trimestre deste ano, maior patamar da série histórica iniciada em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada terça-feira.

Na semana passada, outro dado divulgado pelo IBGE, a Pesquisa Mensal de Emprego, revelou que em julho o desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país alcançou 7,5 por cento em julho, a maior variação para meses de julho desde 2009.

"O desemprego preocupa, é claro. A supressão de empregos (preocupa)... esses números de desemprego são impressionantes e lamentamos", disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

"Mas tem que ver que o mercado de trabalho dobrou no país, aumentou o trabalho com carteira (assinada) e dobramos o mercado de consumo através de políticas de distribuição. Saímos de uma taxa de perto de 5 por cento de desemprego no ano passado para algo na casa de 8 por cento... não acredito que possa voltar (a 2 dígitos)", afirmou ele.

Em setembro, por determinação da presidente Dilma Rousseff, será instalado um Fórum Nacional formado por diversos ministérios, centrais sindicais e representantes da sociedade e dos aposentados para debater políticas públicas que visam enfrentar o problema do desemprego no país.

"Tenho conversado com empresários de diversos setores e eles tem dito que nós vamos recuperar nossa capacidade de investimento e vamos gerar empregos", disse Dias.

MENOS MINISTÉRIOS

O ministro Manoel Dias, que é da cota do PDT no governo, declarou apoio à reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff pretende promover nos próximos meses.

Membros do governo disseram esta semana que a presidente poderia acabar com 10 ministérios.

Ao ser questionado se o partido eventualmente aceitaria abrir mão do Ministério do Trabalho e do Emprego, Dias afirmou que o PDT não está na base de apoio ao governo para ter cargos.

"Reduzir ministérios tem que ser objeto de estudos e planejamento para ver como fazer diminuição sem prejudicar o país que tem cada vez mais demanda", disse ele. "Os aliados não estão no governo para ter emprego... PDT não tem exigência e nosso apoio à presidente Dilma independe de cargos; é ideológico", disse.

(Por Rodrigo Viga Gaier)