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Argelina Cevital construirá usina de etanol de milho em Mato Grosso

16/12/2015 18h04

SÃO PAULO (Reuters) - A companhia argelina de processamento de alimentos, mineração e aço Cevital planeja construir uma usina de etanol de milho em Mato Grosso, líder na produção de grãos no Brasil, de acordo com uma publicação da agência de notícias oficial do Estado nesta quarta-feira.

Representantes da Cevital se reuniram com o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, na terça-feira, para detalhar seus planos e negociar os termos de investimento, incluindo licenciamento ambiental e incentivos fiscais, disse o artigo.

A usina proposta seria instalada no município de Vera, próximo aos grandes polos produtores de soja e milho de Sorriso e Lucas do Rio Verde, ao longo da BR-163 usada para transportar grande parte da produção de grãos para os importantes portos de Santos e Paranaguá.

Embora o etanol seja majoritariamente produzido a partir da cana-de-açúcar no Brasil, alguns produtores de etanol têm sido atraídos recentemente para o milho pelos custos baixos e grande disponibilidade em algumas regiões, como o Centro-Oeste.

Há alguns novos projetos em andamento, como o da usina Rio Verde, em Goiás.

A joint venture entre o grupo local de açúcar usina São João (USJ) e a trading de commodities norte-americana Cargill também está construindo uma unidade de etanol de milho em Goiás.

O milho produzido em Mato Grosso está entre os mais baratos do mundo, mas como a área é relativamente distante de portos, os custos de transporte normalmente tornam o produto menos competitivo nos mercados externos.

De acordo com a nota, a Cevital disse que a usina de etanol de milho seria o primeiro projeto de uma grande instalação que inclui uma unidade de processamento de soja e uma de ração.

Os investimentos são estimados em 750 milhões de dólares.

Não há informações em relação à capacidade da futura usina de etanol.

O representante da Cevital no Brasil, Paulo Hegg, disse que a empresa argelina atualmente compra cerca de 1,5 bilhão de dólares em matérias-primas do Brasil todo ano. Com os investimentos, eles pretendem estar mais próximos das áreas produtoras e agregar valor aos materiais brutos.

(Por Marcelo Teixeira)