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China aumentará exigências de reserva de yuan offshore para alguns bancos, dizem fontes

17/01/2016 14h44

XANGAI/PEQUIM (Reuters) - O banco central da China está se preparando para aumentar a proporção de reserva exigidas para depósitos de yuans substituídos pela compensação dos bancos a partir de 25 de janeiro, em sua mais recente tentativa para deter a especulação da moeda, de acordo com três fontes que tiveram acesso ao documento que descreve a mudança.

O Banco Popular da China (PBOC, na sigla em ingês), que estabeleceu o coeficiente de reservas obrigatórias (RRR) para o yuan offshore de bancos participantes em 2014, voltará a taxa a um nível normal, disseram as fontes, sem especificar seria estes nível. A taxa havia sido fixada em zero.

A mudança também será aplicada aos bancos correspondentes.

Os mercados participantes suspeitam que o aumento da reserva planejada se destina a absorver a liquidez adicional do yuan offshore ou mercado CNH, enquanto o PBOC tenta diminuir a especulação de uma maior depreciação da moeda.

No início de janeiro, o valor do yuan offshore caiu ao seu menor nível desde que passou a ser comercializado, em 2010 --e bem abaixo dos níveis comercializados dentro da China-- com temores de que Pequim estivesse planejando uma depreciação nítida de sua moeda para ajudar a impulsionar sua economia.

Nas últimas semanas, o PBOC tem conseguido sustentar o yuan offshore de apoio através de bancos estatais em Hong Kong, que têm capturado a moeda e acumulando-a, comprimindo, assim, a oferta.

Mas, na sexta-feira, novamente o yuan enfraqueceu acentuadamente nos mercados internacionais.

Ao forçar os bancos a realizarem offshore para segurar mais yuans nas reservas, reduziria a quantidade de moeda disponível no mercado, diminuindo ainda mais a oferta e tornando-a mais difícil e cara para os especuladores.

Os custos do empréstimo de yuan "devem começar a subir" já que um grande volume de yuan offshore está realmente sendo depositado novamente na China, explicou um investidor internacional que não quis ser identificado.

"A expectativa de uma desvalorização do yuan levou à remessa maciça de yuan", disse o economista-chefe do Banco Industrial da China, Lu Zhengwei.