Zona do euro volta a registrar deflação, aumentando pressão sobre o BCE
BRUXELAS (Reuters) - Os preços ao consumidor na zona do euro caíram em fevereiro, ficando aquém das já baixas expectativas e praticamente assegurando mais uma rodada de afrouxamento da política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE) no dia 10 de março.
Combinado com os dados fracos de confiança e produção, os números desanimadores da inflação sugerem que o crescimento fraco da zona do euro está desacelerando, ampliando os pedidos por ações de política fiscal e monetária para impulsionar uma economia que ainda tem que crescer de volta ao tamanho de antes da crise.
"A deflação será um desastre para a zona do euro conforme o fardo do alto endividamento aumentar", disse o economista do Nordea Holger Sandte. "Assim, o BCE continuará a afrouxar a política monetária de forma significativa."
"Mas independente do que o BCE decidir fazer no dia 10 de março, a inflação provavelmente vai continuar próxima de zero nos próximos meses antes de acelerar --se os preços do petróleo se comportarem bem", disse Sandte.
O índice de preços ao consumidor na zona do euro recuou 0,2% em fevereiro, contra alta de 0,3% no mês anterior, muito aquém da meta do BCE de cerca de 2 %, e contra expectativa de estabilidade dos preços.
Mais alarmante para o BCE, o núcleo da inflação, excluindo preços voláteis de alimentos e energia, recuou para 0,8% ante 1%, sugerindo que os preços baixos do petróleo estão influenciando os de outros bens e serviços, criando os chamados efeitos de segunda ordem, que podem levar para a deflação.
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